‘O Lobo de Wall Street’ é censurado na Ásia e Oriente Médio
Novo filme de Martin Scorsese teve exibição banida na Malásia e no Nepal, além de sofrer cortes na Índia e no Líbano
Muitos filmes hollywoodianos enfrentam problemas para serem exibidos em países do Oriente Médio e da Ásia. O caso mais recente é o novo filme de Martin Scorsese, O Lobo de Wall Street, que acaba de ter sua estreia vetada em países como Malásia e Nepal. O motivo, de acordo com a revista americana The Hollywood Reporter, é o excesso de sexo, drogas e palavrões – como a palavra inglesa f***, que é dita precisamente 569 vezes durante a história.
Em outros países, como Índia e Líbano, o longa entrou em cartaz, mas numa versão com cortes, enquanto em Singapura o filme foi restrito a apenas algumas salas e teve a classificação etária indicada para adultos. “Você tenta fazer um filme para uma audiência global. É um filme espetacular, em todas as suas três horas. É uma pena que alguns países não permitam que a arte seja apreciada por completo”, afirmou Christian Mercury, presidente da distribuidora e produtora do longa, a Red Granite Pictures.
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O Lobo de Wall Street não estreou em muitos países ao redor do mundo e os locais onde ainda será exibido estão sendo estudados pela produção. “Alguns conteúdos do filme tornam sua divulgação mais complicada onde existe censura”, disse Mercury, que destaca a diferença na recepção de país para país. “Se você tem um filme extremamente violento, não é um problema nos Estados Unidos, na Ásia e no Oriente Médio, mas é um problema na Europa.”
Mesmo assim, a nova produção de Scorsese tem conseguido bons números de bilheteria. Nos Estados Unidos e no Canadá, foram 80 milhões de dólares desde 25 de dezembro e a arrecadação deve chegar aos 40 milhões no restante do mundo até o próximo final de semana. Em Singapura, apesar da exibição restrita, o longa faturou cerca de 300.000 dólares desde 9 de janeiro.