Ai Weiwei volta a atacar a China, agora em Estocolmo
Convidado a participar do júri do festival de cinema Fest Film, artista plástico não pôde viajar e enviou vídeo e cadeira inspirada na dinastia Ming em seu lugar
O artista plástico chinês Ai Weiwei denunciou nesta terça-feira, em um vídeo difundido em Estocolmo, a “detenção suave” a que é submetido na China e que o impediu de ir à capital sueca para participar do júri do festival de cinema Fest Film. No evento, Ai Weiwei, de 56 anos, é representado por uma cadeira vazia — ideia do próprio.
Primeira individual no país mostra Ai Weiwei pessoal e político
Ai Weiwei é destaque na Bienal de Arte de Veneza
A cadeira inspirada no estilo da dinastia Ming (séculos XIV a XVII), enviada de Pequim, foi colocada entre os outros membros do júri e diante de uma tela onde se vê o rosto do artista. “Lamento não poder comparecer. Por isso, concebi e enviei um objeto simbólico”, afirmou o artista plástico no vídeo.
“Espero que isso dê uma certa ideia da forma com que as autoridades podem limitar a liberdade de expressão, limitar os direitos humanos, fundamentais dos artistas, o direito de viajar ou de participar em atividades culturais. Continuo vivendo numa espécie de detenção suave. Meu passaporte continua nas mãos das autoridades”, disse ainda.
LEIA TAMBÉM:
LEIA TAMBÉM: Ai Weiwei lançará disco de heavy metal
Ai Weiwei critica segurança alimentar na China
Ai Weiwei é conhecido por denunciar as violações dos direitos humanos na China e por ter, em retaliação, passado 81 dias detido na China, acusado de evasão fiscal.
(Com agência France-Presse)