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Sininho e ativistas presos no Rio são transferidos para Bangu

Acusados por formação de quadrilha armada, baderneiros serão transferidos nesta tarde. Polícia aprendeu armas de fogo e material incendiário

Por Da Redação
13 jul 2014, 13h49

A ativista Elisa Quadros Sanzi, conhecida como Sininho, presa no sábado, e outros 18 baderneiros detidos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro serão transferidos neste domingo para as cadeias públicas Joaquim Ferreira de Souza e José Frederico Marques, no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro. O complexo pertence a região de Bangu.

O grupo está na Cidade da Polícia, espaço que abriga delegacias especializadas e a chefia de polícia, em Jacarezinho, no subúrbio do Rio. Todos serão submetidos a exames de corpo de delito antes de serem transferidos. Os dois menores apreendidos na ação foram apresentados na Vara da Infância e Juventude. O grupo teve prisão temporária de cinco dias decretada no sábado pela 27ª Vara Criminal, onde tramita um processo sobre atos violentos na capital carioca.

Investigações da polícia apontam que Sininho liderava o grupo, que planejava ataques com artefatos explosivos durante protestos marcados para este fim de semana no Rio.

As prisões ocorreram na véspera da final da Copa do Mundo, entre Alemanha e Argentina, no Maracanã. Pelo menos dois protestos estão marcados em redes sociais para este domingo.

A ação policial realizada no sábado encontrou provas de que baderneiros se organizavam para cometer crimes durante os protestos. Foram apreendidos pela polícia armas de fogo e material incendiário.

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A investigação começou em setembro, de acordo com a delegada Renata Araújo, responsável pelo inquérito. Uma das ativistas monitoradas era Sininho, detida em Porto Alegre. Com autorização judicial, a polícia acompanhou ligações telefônicas e mensagens de texto. Foi identificado que ela negociava a compra de fogos de artifício para serem utilizados em manifestações no Rio.

A polícia encontrou um revólver no quarto de uma adolescente investigada. Ela morava apenas com a irmã, mas o pai alegou ser o dono da arma. A jovem vai responder por ato infracional equivalente ao porte ilegal de arma de fogo. O pai foi acusado de omissão de cautela, crime com previsão de até dois anos de detenção e multa. A menina dizia pertencer ao Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR).

Arsenal – Os policiais também apreenderam litros de combustível, garrafas, armas de choque, escudos, martelos pontiagudos para quebrar vidros e máscaras de proteção contra gás lacrimogênio. Esse material é considerado prova de que os baderneiros pretendiam provocar incêndios e conflitos em manifestações.

A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), responsável pela investigação e pelas prisões, obteve 26 mandados de prisão temporária por cinco dias e dois mandados de busca e apreensão para deter dois adolescentes. As ordens foram expedidas pela 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Houve também ordem de busca e apreensão para a residência de cada investigado. As acusações são por formação de quadrilha armada, com pena prevista de até três anos de reclusão.

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Repercussão – Em notas públicas, ONGs repudiaram as prisões de ativistas na véspera da final do Mundial. A Justiça Global afirmou que a ação tem “propósito único de neutralizar, reprimir e amedrontar aqueles e aquelas que têm feito da presença na rua uma das suas formas de expressão e luta por justiça social”.

A Anistia Internacional afirmou que o fato é “preocupante por parecer repetir um padrão de intimidação que já havia sido identificado pela organização antes do início do mundial”.

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