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Polícia prende black blocs com material incendiário e armas de fogo

Operação encontrou provas que vândalos se organizavam para cometer crimes em protesto na decisão da Copa do Mundo

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
12 jul 2014, 17h06

Depois de meses de monitoramento, uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro resultou na prisão de mais de vinte black blocs investigados por participação criminosa em manifestações de rua. Uma ação policial realizada neste sábado encontrou provas de que baderneiros se organizavam para cometer crimes em protesto marcado pelas redes sociais para este domingo, na decisão da Copa do Mundo. Até 15h30 deste sábado, 21 baderneiros foram presos, entre elas a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho. Sete são considerados foragidos. Foram apreendidos armas de fogo e material incendiário.

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“Estava divulgado um ato no dia 13 de julho e provavelmente esse material seria utilizado. A polícia impediu que provavelmente outro cinegrafista Santiago Dantas viesse a falecer”, afirmou o delegado Alessandro Thiers, em referência ao protesto em que o cinegrafista foi atingido por um rojão lançado por black blocs. “Nesta operação, prendemos advogado, professor de filosofia, professor de história e estudantes. A maioria dos presos são black blocs. Essas pessoas são criminosas que se aproveitam de manifestações lícitas para praticar baderna.”

A investigação começou em setembro, de acordo com a delegada Renata Araújo, responsável pelo inquérito. Uma das ativistas monitoradas era Elisa Quadros, a Sininho, detida em Porto Alegre. Com autorização judicial, a polícia acompanhou ligações telefônicas e mensagens de texto. Foi identificado que ela negociava a compra de fogos de artifício para serem utilizados em manifestações no Rio. O namorado de Sininho, Luiz Carlos Rendeiro Junior, conhecido como “Game Over”, é um dos foragidos.

A polícia encontrou um revólver no quarto de uma adolescente investigada. Ela morava apenas com a irmã, mas o pai alegou ser o dono da arma. A jovem vai responder por ato infracional equivalente ao porte ilegal de arma de fogo. O pai foi acusado de omissão de cautela, crime com previsão de até dois anos de detenção e multa. A menina dizia pertencer ao Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR).

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Arsenal — Os policiais também apreenderam litros de combustível, garrafas, armas de choque, escudos, martelos pontiagudos para quebrar vidros e máscaras de proteção contra gás lacrimogênio. Esse material é considerado prova de que os baderneiros pretendiam provocar incêndios e conflitos em manifestações.

“O problema não é ter uma máscara de gás em casa, mas isso passa a ser uma evidência criminal a partir do momento que existe uma investigação com provas de que este investigado vai para manifestações para praticar atos violentos”, afirmou a delegada Renata Araújo.

A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) obteve 26 mandados de prisão temporária por cinco dias e dois mandados de busca e apreensão para deter dois adolescentes. As ordens foram expedidas pela 27a. Vara Criminal do Rio de Janeiro. Houve também ordem de busca e apreensão para a residência de cada investigado.

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