A servidora da Receita Federal Adeildda Ferreira Leão dos Santos, dona do computador por meio do qual foram acessados os dados sigilosos de Verônica Serra e Alexandre Bourgeois, a filha e o genro do candidato tucano à Presidência, José Serra, e de outras quatro pessoas ligadas ao PSDB, foi indiciada pela Polícia Federal na quinta-feira.
Perguntas & Respostas: Entenda o que representam as violações de sigilo na Receita
A PF apura a quebra de sigilo fiscal de tucanos na agência da Receita em Mauá, na Grande São Paulo. Em seu depoimento à PF, Adeildda disse que vendia os dados fiscais dos contribuintes e que recebia 100 reais por acesso realizado. Ela foi, portanto, indiciada pelo crime de corrupção passiva.
Para facilitar o cruzamento das informações obtidas por meio de uma perícia no computador de Adeildda, a servidora teve quebrados os seus sigilos telefônico, bancário e fiscal. Na semana passada, ela deixou a Receita Federal e voltou a ser funcionária do Serpro, o Serviço Federal de Processamento de dados.
A Defesa de Adeildda decidiu mudar de estratégia. Inicialmente, o advogado da servidora havia negado a participação dela no caso, dizendo que ela apenas “cumpria ordens superiores” ao acessar os dados de tucanos.