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PT discute reforma política e prepara-se para aprovar retorno de mensaleiro

Partido consolida posição a favor de financiamento público de campanhas e da lista fechada para eleições legislativas. Em reuniões a partir de quinta-feira, legenda irá discutir retorno de Delúbio Soares e possível mudança de presidente

Por Adriana Caitano
27 abr 2011, 07h41

Um grupo de lideranças do PT se reuniu na noite desta terça-feira para definir a posição do partido sobre a reforma política. No encontro, ficou claro o que o governo espera de seus parlamentares na votação das mudanças no Congresso: o voto favorável ao financiamento exclusivamente público de campanhas eleitorais e o sistema de lista fechada para a escolha de parlamentares.

Na reunião, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, representou a presidente Dilma Rousseff e deixou o recado. “O financiamento público é consensual e inegociável. E ele só se viabiliza com a lista preordenada”, afirmou. Participaram do encontro também parlamentares com posições de comando no partido, como a senadora Marta Suplicy (SP), o deputado federal e relator da comissão especial da reforma política na Câmara, Rubens Otoni (GO), e os líderes do partido na Câmara, Paulo Teixeira (SP), e no Senado, Humberto Costa (PE). O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apareceu já no final e não falou com a imprensa.

Fantasmas – Apesar da importância da reforma política, outros assuntos assombram com maior gravidade os petistas. Eles se preparam para dois eventos decisivos marcados para esta semana, também em Brasília. Na quinta-feira, enquanto os 21 dirigentes da executiva analisarão as propostas de reforma no estatuto do partido e os pontos consensuais sobre a reforma política, poderão receber o pedido do ex-tesoureiro Delúbio Soares para voltar à legenda.

Delúbio, que foi expulso do PT após envolver-se no escândalo do mensalão, em 2005, tem, no máximo, até este sábado para fazer a solicitação. Nos dias 29 e 30, o diretório nacional do partido fará seu encontro trimestral, em que delibera sobre assuntos que exigem a votação de todos os 84 integrantes – incluindo líderes do Congresso.

As dúvidas que restam sobre o pedido de retorno do ex-tesoureiro não existem sobre a possibilidade de ele ser aceito, caso envie a solicitação a tempo. Dentro do partido, além do apoio do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Delúbio contará com o voto de cerca de 70% do diretório nacional.

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A contagem inclui os 56% da chapa “O Partido que Muda o Brasil” (PMB), da qual faz parte o grupo Construindo um Novo Brasil (CNB), que tem nomes de peso, como Lula, José Dirceu, Ricardo Berzoini, Gilberto Carvalho e o atual presidente licenciado, José Eduardo Dutra. O restante da porcentagem favorável a Delúbio vem do grupo Mensagem ao Partido, integrado, por exemplo, pelo ministro José Eduardo Cardozo.

Sucessão – Na sexta-feira, a tensão estará em torno do presidente do PT, José Eduardo Dutra. Por causa de problemas de saúde – estresse, crises de ansiedade, hipertensão e depressão -, Dutra está afastado do comando petista desde o carnaval. Após receber a visita de Lula, do senador Humberto Costa, do ex-ministro Luiz Dulci e do secretário-geral da legenda, Elói Pietá, Dutra decidiu comparecer à reunião do diretório para dar explicações sobre seu estado de saúde.

A expectativa dos dirigentes da legenda é que Dutra anuncie o afastamento definitivo da presidência do PT. Nesse caso, o diretório já estará preparado para a votação, ainda no fim de semana, para escolher o novo comandante petista. Entre os possíveis candidatos estão o presidente interino Rui Falcão, o ex-ministro Luiz Dulci e o senador Humberto Costa, considerado o favorito.

Geralmente, quem indica o nome mais provável de ocupar a presidência do partido é o CNB, que é maioria. Humberto Costa entra na disputa um passo à frente, por ter apoio do grupo, e outros mais por ter bom trânsito em quase todas as tendências, inclusive as de esquerda, além de ser bem visto por ter facilidade de articulação.

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