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Presidente do Conselho de Ética desafia Cunha e vira alvo de denúncia na Câmara

Ação foi apresentada por dois desafetos de José Carlos Araújo (PR-BA), que o acusam de usar a Brilhante FM, uma concessão pública, para fins “eleitoreiros” e “politiqueiros”

Por Da Redação 28 abr 2016, 18h30

Dias depois de desafiar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em um programa de rádio a qual sua família é ligada, o presidente do Conselho de Ética virou alvo de representação na Casa. A denúncia foi apresentada por dois desafetos de José Carlos Araújo (PR-BA), que o acusam de usar a Brilhante FM, uma concessão pública, para fins “eleitoreiros” e “politiqueiros”. Araújo credita a ação a uma investida do próprio Eduardo Cunha.

A ação deve ser repassada pela cúpula da Câmara à Corregedoria e abre caminho para o afastamento de Araújo do colegiado – pavimentando um dos principais esforços de Cunha, que já acionou até o Supremo Tribunal Federal contra o deputado. Isso porque, se a denúncia for acatada pela Corregedoria, ela seguirá para análise do conselho. O Código de Ética determina que “o recebimento de representação contra membro do Conselho por infringência dos preceitos estabelecidos por este Código, com prova inequívoca da verossimilhança da acusação, constitui causa para seu imediato afastamento da função, a ser aplicado de ofício por seu presidente, devendo perdurar até decisão final sobre o caso”. Dessa forma, a ‘pizza’ no processo de Cunha fica ainda mais evidente.

Nas denúncias encaminhadas diretamente ao presidente da Câmara, o prefeito de Morro do Chapéu (BA), Cleová Oliveira Barreto, e o presidente da Câmara do município, João Humberto Batista, afirmam que Araújo recorre ao meio de comunicação para “dirimir palavras e gestos ofensivos à honra, dignidade e moralidade” deles.

Os denunciantes anexaram trechos das entrevistas concedidas por Araújo. Em um deles, o presidente do Conselho de Ética afirma que colarinho branco também vai para a cadeia. “Nós tamo vendo (sic) aí senador ser preso, deputado ser preso, o que eles ficam doentes é que o nome de José Carlos Araújo não aparece em nada disso. É porque eu não tenho o rabo preso, eu não sou sujo”, disse.

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Em seguida, a locutora afirma que, se ele tivesse o rabo preso, o presidente da Câmara já teria revelado. Araújo confirma: “Sem dúvida nenhuma, já tinha me acabado. Não acabou porque não tem, ele agora tá comendo o pão que o diabo amassou”, afirmou, acrescentando que tem coragem de enfrentar o “todo poderoso” Eduardo Cunha.

Ao site de VEJA, José Carlos Araújo desqualificou os seus denunciantes – Cleová Oliveira Barreto é alvo de ação do Ministério Público Federal (MPF) em Irecê (BA) sob a acusação de enriquecer ilicitamente, causar prejuízo ao erário e atentar contra os princípios da administração pública. Já João Humberto Batista foi condenado neste ano pela Lei da Ficha Limpa.

“Eles não têm nada para dizer de mim. A rádio não é minha, é do meu filho, e foi adquirida em concessão pública quando eu não era deputado. Eu dou entrevista para essa rádio como dou em qualquer lugar. Isso não é proibido”, afirmou. “Essa é mais uma manobra do Eduardo Cunha. Sinceramente, não vejo como isso pode avançar”, continuou. Cunha já ingressou com ações contra Araújo no Supremo Tribunal Federal e tenta, a todo custo, anular seu processo por quebra de decoro no Conselho de Ética.

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