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Policial civil é preso dentro de delegacia, acusado de sequestro

Dois agentes foram denunciados pelo Ministério Público do estado do Rio, por crime ocorrido em 2008. Dupla teria usado DP como cativeiro para extorquir 10 mil de uma vítima

Por Da Redação
17 jul 2012, 19h26

Uma investigação do Ministério Público do Rio e da Corregedoria Geral Unificada (CGU), órgão que fiscaliza as polícias do Rio, resultou na prisão do policial civil Pedro Hyppolito da Fonseca, na manhã desta terça-feira, dentro da delegacia de Cabro Frio, a 126ª DP, na região dos lagos fluminene. Hyppolito é acusado de sequestro e roubo, e de ter mantido, dentro da delegacia, em 2008, um homem de quem exigia o pagamento de resgate. Também foi denunciado o policial, André Rodrigo Saldanha Gomes, que, segundo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do MP, atuava nos crimes. Saldanha, no entanto, não foi encontrado e é considerado foragido da Justiça.

A ação que os promotores e policiais investigaram se deu em junho de 2008. Na ocasião, Saldanha teria mantido dentro da 126ª DP um homem que foi à delegacia acompanhar um parente. O policial, segundo a denúncia, teria ameaçado matar ou prender o homem, caso não fosse feito o pagamento imediato de 10 mil reais. O parente que acompanhou o homem até a delegacia afirmou, em depoimento, que no mesmo dia entregou 5 mil reais aos policiais.

Os acusados não se deram por satisfeitos. Cerca de três dias após a primeira extorsão, Saldanha, segundo a denúncia do MP, telefonou para a vítima pedindo que seu parente fosse novamente à delegacia para pegar uma certidão negativa. E, novamente, Saldanha e Hyppolito sequestraram o parente da primeira vítima, exigindo 10 mil para que não o levassem preso. Os policiais afirmavam ter um mandado de prisão contra ele.

“A vítima permaneceu toda a noite custodiada no interior da delegacia e, durante esse período, André e Pedro a submeteram a intenso sofrimento físico e mental, agredindo-a com socos e pontapés, em represália à negativa de pagamento do valor exigido (…) Por fim, o primeiro denunciado sempre demonstrava conhecer muito bem a rotina de vida, o que levou a vítima, inclusive, a efetuar o primeiro pagamento exigido”, diz um trecho da denúncia. “São fortes os indícios de autoria contra os denunciados, que transformaram a delegacia de polícia de Cabo Frio num verdadeiro balcão de negócios (…) Aqueles que deveriam estar em seus postos de trabalho para garantir a segurança da população, se utilizam dos cargos que ocupam para auferir vantagens indevidas “, diz o texto.

O homem que permaneceu sequestrado foi, em seguida, transferido para a carceragem de outra delegacia da região, em Araruama, de onde saiu depois de obter um alvará de soltura na Justiça. Desde então, a vítima recebeu proteção do Ministério Público daquele local.

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