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PM retira manifestantes da rua do governador Sérgio Cabral

Grupo estava acampado desde 21 de junho no Leblon e foi surpreendido enquanto dormia. Um dos integrantes do grupo foi detido por desacato e liberado depois de pagar fiança de 800 reais

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 jul 2013, 12h12

O acampamento de manifestantes na rua em que mora o governador Sérgio Cabral foi desmontado na madrugada desta terça-feira. Um grupo remanescente, de cerca de 15 jovens, foi removido pela Polícia Militar pouco depois das 2h. Um homem chegou a ser detido acusado de desacato a autoridade e dano ao patrimônio público. O caso foi encaminhado para a 14ª DP (Leblon). Os manifestantes afirmaram que a polícia agiu de forma truculenta e, pelo Facebook, convocaram advogados e mais manifestantes para comparecer à delegacia. Pouco antes do meio-dia, já não havia mais movimento na 14ª DP.

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Os policiais surpreenderam o grupo no momento em que eles dormiam. As faixas, cartazes e objetos usados no acampamento foram apreendidos e levados para a delegacia. O acampamento foi montado no dia 21 de junho e teve um revezamento de ocupantes nesse período.

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O pintor Jair Rodrigues, de 37 anos, afirmou ter sido algemado e jogado dentro de uma viatura da PM. Indignado, ele chutou os vidros do carro e danificou um deles. Com ajuda de colegas, os outros manifestantes fizeram uma ‘vaquinha’ para arrecadar 800 reais e pagar a fiança, libertando Rodrigues.

O ator Carlos Vereza, que mora no Leblon, foi à delegacia prestar solidariedade ao grupo. À tarde, os manifestantes que estavam acampados vão se encontrar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio, para se juntar a uma manifestação de bombeiros.

Por causa da forte chuva que atingiu o Rio no fim da tarde de segunda-feira, quase metade dos cerca de 30 acampados dormiu em casa. Os que permaneceram no local dormiam no momento em que a polícia chegou, com aproximadamente 40 homens. Luiza Dreyer, estudante de música de 22 anos, era um deles. Segundo ela, os militares desmontaram as barracas em 10 minutos. “A polícia chegou de surpresa. Não houve tempo de arrumarmos tudo. Rasgaram o toldo das barracas e derrubaram os cabos de sustentação. Metade da comida foi jogada no chão. Eu ainda perdi minha identidade e meu celular quebrou na confusão”, conta.

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Na tarde de segunda-feira, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, havia se reunido com os manifestantes e prometeu uma negociação. “Ele combinou que encontraríamos o governador nesta terça”, afirma Vinicius Fragoso, ator de 20 anos. Agora, com o acampamento desmontado, o grupo preferiu adiar a reunião, enquanto elabora a pauta a ser discutida com Sérgio Cabral. As principais reivindicações serão sobre transporte, educação, saúde e, sobretudo, corrupção.

Facebook – Logo após a ação da polícia, um evento no Facebook já convocava nova mobilização para esta quinta-feira, no mesmo endereço: a esquina da casa do governador, no Leblon. O objetivo é reunir 10.000 pessoas. Até o início da tarde desta terça, mais de 1.400 haviam confirmado presença.”Ele tira a ocupação? A gente vai pra lá com barraca, guardanapo, arte, música e tudo que tiver direito! Fora Cabral!”, diz o texto da página, que acrescenta: “Pelo impeachment do governador e em repúdio à brutalidade policial! Todas as tribos, todos os coletivos, todos os grupos, todos os artistas, todos os cidadãos do estado estão convidados para este evento! Sérgio Cabral, pode esperar, a resposta será um levante popular!”

Evento no Facebook quer reunir 10.000 manifestantes em frente à casa do governador
Evento no Facebook quer reunir 10.000 manifestantes em frente à casa do governador (VEJA)
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