O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, anulou nesta terça-feira os efeitos da portaria que nomeou Giles Azevedo para o cargo de assessor especial da Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República. A nomeação de um dos principais auxiliares de Dilma no governo interino levou o ministério a explicar, ontem, que só estava colocando Giles no posto para continuar assessorando a presidente afastada e não para integrar a equipe de Padilha. A indicação, no entanto, foi revogada hoje, segundo publicação do Diário Oficial da União (DOU).
Colegas de trabalho desde os tempos em que Dilma era secretária de Minas e Energia no governo do Rio Grande do Sul, há mais de 20 anos, Giles era secretário executivo do gabinete pessoal de Dilma. O cargo foi extinto com a reorganização de postos feita por Michel Temer assim que ele assumiu a Presidência como interino.
De perfil discreto e um dos poucos homens em quem Dilma confia, Giles já foi citado nas investigações da Operação Lava Jato. Segundo reportagem de VEJA, ele teria pressionado, junto com o ex-ministro da Comunicação Edinho Silva, a Andrade Gutierrez a “doar” dinheiro à campanha da petista, em 2014, segundo um dos anexos da delação premiada do ex-presidente da empreiteira, Otávio Azevedo. Giles era coordenador da campanha de Dilma, e Edinho, o tesoureiro.
(Da redação)