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Oposição elogia Rebelo, mas critica permanência do PCdoB

Deputado assume Ministério do Esporte no lugar de Orlando Silva, que caiu após revelação, feita por VEJA, de envolvimento em esquema de corrupção

Por Adriana Caitano e Gabriel Castro
27 out 2011, 13h23

O nome de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), escolhido para ocupar o Ministério do Esporte após a queda de Orlando Silva, foi bem recebido até pela oposição, que critica, no entanto, a permanência da legenda no comando da pasta. Para os opositores, Rebelo leva ao governo a atitude firme e independente assumida na Câmara dos Deputados. Mas perde pontos por não ter domínio sobre o assunto com que vai trabalhar.

O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), elogia a serenidade do comunista e sua coragem em enfrentar – e irritar – o governo durante a elaboração do texto do Código Florestal, do qual foi relator na Câmara. “Ele é um homem independente, isso é importante. O fato de ter irritado o governo foi positivo, pois parlamentar não tem que fazer o que o governo quer”, argumenta. “Espero que ele desmonte o aparelhamento do ministério e não ceda a pressões”.

Demóstenes, porém, faz uma ressalva. “A pasta não deveria continuar com o PCdoB, porque esse negócio de loteamento deveria ser exaurido”, destaca. “E a figura escolhida deveria entender de esporte, já que vêm aí dois grandes eventos – a Copa e as Olimpíadas – que vão exigir conhecimento de quem lida com isso”.

O líder do PPS na Câmara, deputado Roberto Freire (SP), também ressalta o risco de manter o PCdoB no governo. “Qualquer ministro que viesse do partido viria com vício de origem. Não é um problema individual, como não era responsabilidade apenas do Orlando Silva. Isso foi um aparelhamento feito no ministério e que, se não for desmantelado, daqui a pouco nós vamos estar vendo Aldo Rebelo sendo engolfado pelos problemas”, comenta.

Twitter – A senadora e presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Kátia Abreu (PSD-MT), que lidou diretamente com o comunista durante as discussões sobre o Código Florestal, também saiu em defesa do colega. “Parabéns Aldo Rebelo! Você faz por merecer todas as oportunidades que a vida lhe dá. Faz parte de um time do bem! Parabéns ao governo pela escolha’, comemorou, no Twitter.

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Também pelo Twitter, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) parabenizou a escolha. “Fico surpreso ao ver aqueles que se dizem comunistas com ataques a Aldo Rebelo. Só porque ele fez trabalho sério e não cedeu a lobby”, afirmou. Já o líder democrata na Câmara, ACM Neto, foi mais direto e crítico: “Manter o PCdoB no ministério não adianta. É trocar seis por meia dúzia.”

Governo – Os parlamentares governistas destacaram o poder de articulação de Aldo Rebelo. Segundo o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, o novo ministro é respeitado entre aliados e adversários. “O fato de ele ser um deputado ajuda, porque facilita a relação com o Congresso como um todo”, disse ao site de VEJA o peemedebista, beneficiado diretamente pela escolha, já que o comunista seria seu possível adversário na disputa pela presidência da casa, em 2013. Segundo Alves, o novo ministro é respeitado entre aliados e adversários.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza já havia comentado a escolha de Aldo Rebelo pela manhã, antes mesmo de seu nome ser anunciado oficialmente. “É um político de grande envergadura, militante, leal às causas populares”, afirmou. Vaccarezza negou que tenham sobrado possíveis rusgas entre o comunista e o governo após o impasse criado com o Código Florestal. “Aquele foi um item único, um episódio. Não podemos julgar as pessoas por um episódio”, argumentou.

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