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Operação Frota: PF investiga desvio de dinheiro na Saúde

Empresário confirma que licitação foi dirigida, superfaturada e havia previsão de pagamento de propina

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 set 2014, 19h06

No inquérito da Operação Frota, que apura o superfaturamento do contrato de locação de automóveis para o Ministério da Saúde, há um depoimento que envolve o ex-ministro Alexandre Padilha e alguns de seus assessores. O empresário Alan Diniz disse ao Ministério Público que a licitação foi dirigida e que parte do dinheiro do contrato seria desviado para a campanha de Padilha, o candidato do PT ao governo de São Paulo. Alan entrou no negócio como sócio da San Marino, a empresa que venceu a licitação. Ele conta que, por causa disso, acompanhou todo o processo. As irregularidades teriam começado meses antes de o ministério divulgar o edital de licitação – redigido, segundo ele, num escritório de advocacia e feito sob medida para beneficiar a empresa, o que totalmente é ilegal.

Dono de hotéis e de vários empreendimentos imobiliários em Brasília, Alan Diniz conta que foi convidado para participar do negócio como sócio-investidor. Entraria com o dinheiro para comprar os carros que seriam alugados pelo ministério. O empresário afirma que desistiu de participar ao descobrir que tudo era uma fraude. Além do edital viciado, os preços também eram superfaturados. O mais grave, no entanto, é o que ele afirma ter ouvido de uma consultora do ministério que acompanhava o processo: parte do dinheiro – 15% do valor do contrato – seria desviado para o então ministro Alexandre Padilha. Alan apontou Beatris Gautério de Lima como a consultora que orientava a fraude e que fez a revelação sobre o destino final do dinheiro.

O empresário entregou ao Ministério Público documentos que provariam que o edital da licitação foi confeccionado fora das dependências do Ministério da Saúde e deu nomes de todos os envolvidos. Procurado, o ministro Padilha reagiu indignado. “Essa acusação é absurda e carece de indícios mínimos que possam sugerir meu envolvimento no caso. Trata-se de uma licitação cuja responsabilidade era da coordenadoria do Distrito Sanitário Especial Indígena do Estado da Bahia e, quando as irregularidades foram detectadas pelo Ministério da Saúde, todas as medidas cabíveis foram tomadas por minha direta determinação”, disse o ministro, por intermédio de sua assessoria. O empresário Dácio Maria de Lacerda, dono da San Marino, negou a existência das irregularidades. Beatris Gautério não foi localizada.

Leia também: PF apura fraude ocorrida na gestão de Padilha na Saúde

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