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Governadores da base vão negociar criação de nova CPMF

Por Da Redação
4 nov 2010, 06h54

“Não sei se o único caminho é a criação de mais um imposto. Mas serei a favor daquilo que a gente decidir em conjunto”

Renato Casagrande (PSB), governador eleito do Espírito Santo

Os governadores da base aliada do governo se preparam para, a partir do ano que vem, negociar a criação de um novo imposto para a saúde, em substituição à extinta CPMF. A criação de uma nova fonte de recursos para o setor deverá ser discutida com a presidente eleita Dilma Rousseff depois que ela assumir oficialmente o cargo, em 1º de janeiro.

Em sua primeira entrevista ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a eleição, Dilma disse, na tarde de quarta-feira, que não pretende enviar ao Congresso um projeto de recomposição da CPMF. A presidente eleita disse, porém, que pretende manter negociações com os governadores sobre a questão da saúde, porque, segundo ela, há uma “pressão” para que o fim do imposto seja compensado.

“Eu tenho muita preocupação com a criação de impostos. Preferia outros mecanismos, mas tenho visto uma pressão dos governadores. É necessário que se abra um processo de discussão com eles”, afirmou Dilma.

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De acordo com a edição desta quinta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, o governador reeleito de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, é um dos maiores defensores da criação de novos tributos para a saúde. “O dinheiro para a saúde é insuficiente”, afirmou o governador ao jornal. Segundo ele, a decisão da oposição de derrubar a CPMF em 2007 foi “irresponsável”.

Já o governador eleito do Espírito Santo Renato Casagrande, também do PSB, defende o aumento do financiamento para a saúde, mas mantém-se cauteloso em relação à criação de um novo imposto. “Não sei se o único caminho é a criação de mais um imposto”, afirmou ao jornal. “Mas serei a favor daquilo que a gente decidir em conjunto.”

Divergências – Do lado da oposição, porém, o discurso dos governadores se mantém contrário à criação de mais um tributo. Isso porque os oito governadores eleitos do PSDB e os dois eleitos do DEM posicionaram-se contra a criação de novos impostos durante a campanha. Apoiar a volta da CPMF seria, portanto, um contrassenso. “Sou contra o aumento de impostos. Estarei à disposição para colaborar com a presidente Dilma, desde que não seja aumento ou criação de impostos. A carga tributária brasileira é alta”, afirmou ao jornal o governador eleito de Goiás, senador Marconi Perillo (PSDB).

Perillo reconhece, contudo, que o tema é motivo de divergências dentro do próprio partido. Ele lembra que os então governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, defenderam a manutenção da CPMF em 2007.

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