Fruet : ‘Parceria com PT é fruto da circunstância local’
Favorito para vencer as eleições deste domingo em Curitiba, ex-tucano diz que não se constrói um projeto político dessa natureza sem contradição
O candidato do PDT à prefeitura de Curitiba, Gustavo Fruet, votou na manhã deste domingo em uma faculdade particular da capital paranaense. Acompanhado dos ministros Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, o ex-tucano disse que sua aliança com o PT foi tomada por critérios locais.
“Essa campanha é profundamente local. Tem o eleitor que vota ideologicamente, o voto doutrinário. Mas é muito mais o voto prático, com relação à vida real da gente”, disse ele.
Constantemente cobrado pela guinada que o levou a disputar a eleição ao lado de uma vice petista, a advogada Miriam Gonçalves, Fruet reconhece o caráter contraditório da aliança: “Não se constrói um projeto desses sozinho, sem dor, sem contradição”, afirmou o pedetista.
Neste domingo, Gustavo Fruet ainda elogiou Gleisi e Paulo Bernardo: “São lideranças locais que têm uma trajetória bonita”, disse ele. Em 2010, o candidato à prefeitura disputou uma vaga no Senado pelo PSDB. Acabou derrotado pela própria Gleisi Hoffmann e por Roberto Requião (PMDB). Depois, sem espaço no grupo tucano, ele deixou a sigla e migrou para o PDT.
Segundo a última pesquisa do instituto Datafolha, Gustavo Fruet tem uma vantagem de 60% das intenções de voto, contra 40% de Ratinho Júnior (PSC).
Dilma – A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse ao site de VEJA que a ausência da presidente Dilma nos palanques de Curitiba ocorreu porque os principais adversários de Fruet, Ratinho Júnior e Luciano Ducci (PSB), pertencem a partidos aliados do governo federal. “A presidenta governa o país, tem uma responsabilidade com a sua base aliada e a sua atuação nas campanhas nas campanhas foi analisada sob essa perspectiva”, disse Gleisi.