Começa júri de mulher acusada de matar executivo do Friboi
Giselma Magalhães terá como testemunha de acusação o próprio filho; ré é acusada de mandar matar o marido para não dividir bens
Começou na tarde desta terça-feira, em São Paulo, o julgamento de Giselma Carmen Campos Carneiros Magalhães, acusada de mandar executar o ex-marido, um executivo da empresa Friboi, para não ter que dividir os bens da família. Uma das principais testemunhas de acusação é Carlos Eduardo Magalhães, filho de Giselma. O crime aconteceu em 2008, quando Humberto de Campos Magalhães, diretor do frigorífico Friboi, foi morto a tiros por um motoqueiro na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo. .
A vítima, segundo a acusação, foi atraída por um telefonema do celular de Carlos Eduardo, filho mais novo do casal. De acordo com o Ministério Público, o assassino foi contratado pelo meio-irmão de Giselma, Kairon Vaufer Alves, que também será julgado pelo júri popular nesta semana. Na ligação, o motoqueiro teria dito que o filho de Magalhães estava passando mal na rua em que o executivo foi morto.
Prisão – Giselma chegou a ficar um ano e seis meses detida na Penitenciária Feminina de Santana, na Zona Norte da capital paulista, mas foi liberada após uma decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A polícia chegou a suspeitar do filho da vítima, mas o rastreamento do celular levou ao meio-irmão de Giselma, que teria revelado o esquema. Ex-presidiário, ele afirma ter recebido uma oferta de 30 000 reais para executar o assassinato. Ademar Gomes, um dos advogados da ré, disse que a acusada é inocente.
Em 2011, dois acusados pelo assassinato foram condenados a 20 anos de prisão em regime fechado. Osmar Gonzaga Lima foi condenado por fornecer a arma utilizada para cometer o crime e Paulo dos Santos, por ter efetuado os disparos.
(Com Estadão Conteúdo)