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Dilma tenta se descolar de protestos e elogia ‘grandeza’ das manifestações pelo país

Presidente embarcou nesta terça-feira para uma reunião com Lula; Planalto teme que protestos causem danos à popularidade de Dilma

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 jun 2013, 13h14

Um dia depois do protesto que levou milhares de brasileiros às ruas, a presidente Dilma Rousseff adotou um tom ufanista e tentou se descolar das manifestações desta segunda-feira como se o seu governo não fosse responsável por boa parte do cardápio de reivindicações – como melhorias nas áreas de saúde, educação, transportes e o fim da corrupção na gestão pública.

“O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem [sic] comprovam a energia da nossa democracia, a força da voz das ruas e o civismo da nossa população. É bom ver tantos jovens e adultos, o neto, o pai, o avô juntos com a bandeira do Brasil cantando o Hino Nacional, dizendo com orgulho ‘eu sou brasileiro’ e defendendo um país melhor. O Brasil tem orgulho deles”, disse a presidente, após anunciar o envio de projetos de lei ao Congresso sobre o novo marco regulatório da mineração.

A presidente aproveitou um cartaz dos protestos – “Desculpe o transtorno; estamos mudando o país” – para fazer um autoelogio. “Quero dizer que o meu governo está ouvindo essas vozes pelas mudanças, está empenhado com a transformação social, a começar pela elevação de 40 milhões de pessoas à classe média, com o fim da miséria, o meu governo quer ampliar o acesso à educação e à saúde, compreende que as exigências da população mudam.”

Nas últimas semanas, auxiliares que articulam a campanha à reeleição de Dilma, comandados pelo marqueteiro João Santana, começaram a traçar uma estratégia para tentar reverter a onda negativa que ronda o governo e já afeta os índices de popularidade da presidente. Agora, a preocupação é que as manifestações pelo país não piorem o cenário. No início da tarde desta terça, Dilma embarcou para uma reunião – não prevista em sua agenda – com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo.

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Diante de problemas na economia e turbulências na sua base política, Dilma tem intensificado o anúncio de medidas de apelo popular, passou a viajar mais pelo país, aumentou sua exposição nas cadeias de rádio e TV e passou a discursar mais vezes, e por mais tempo, em eventos da Presidência – o que garante exibição no noticiário.

Vandalismo – A presidente também criticou episódios de vandalismo e depredações que marcaram algumas passeatas pelo país nas últimas semanas – nesta segunda, especialmente no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e Belo Horizonte. “Sabemos, governo e sociedade, que toda violência é destrutiva, lamentável e só gera mais violência. Não podemos aceitar jamais conviver com ela. Isso, no entanto, não ofusca o espírito pacífico das pessoas que ontem foram às ruas democraticamente pedir pelos seus direitos”, disse.

Dilma afirmou ainda que “essas vozes das ruas precisam ser ouvidas” porque são apartidárias. “Todos nós estamos diante de novos desafios. Quem foi ontem às ruas quer mais. As vozes das ruas querem mais. Mais cidadania, mais saúde, mais educação, mais transporte, mais oportunidades”, concluiu.

Leia também: Veja como foram os protestos pelo Brasil Datafolha: 84% dos manifestantes em São Paulo não têm partido São Paulo: sexto protesto pela redução da tarifa será nesta terça-feira

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