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Denunciada, primeira-dama de Campinas continua foragida

MP acusa Rosely de fraude, corrupção passiva e formação de quadrilha; vice-prefeito, Demétrio Vilagra, também não foi localizado

Por André Vargas
10 jun 2011, 18h41

Denunciada pelo Ministério Público Estadual por fraude em licitações, corrupção passiva e formação de quadrilha, a primeira-dama de Campinas, Rosely Nassim dos Santos, continua foragida. Ela foi acusada pelo MP de liderar uma quadrilha responsável por cobrar propina de empresários com contratos firmados com o município e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na noite desta quinta-feira. O vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), também não foi localizado.

Ao todo, sete suspeitos de envolvimento no esquema tiveram as prisões decretadas, mas apenas dois foram encontrados até agora. O ex-secretário municipal de Segurança, Carlos Henrique Pinto, e o ex-diretor da Sanasa (empresa de água e saneamento de Campinas), Marcelo de Figueiredo, foram presos na manhã desta sexta-feira, em suas casas. Francisco Lagos, ex-secretário de Comunicação, Aurélio Cance Júnior, ex-diretor da Sanasa, e o ex-diretor da prefeitura, Ricardo Candia também continuam foragidos.

Com exceção da primeira-dama, Rosely Nassim dos Santos, que também é chefe de gabinete de Hélio de Oliveira Santos (PDT), o Doutor Hélio, todos já tinham sido detidos, ouvidos pelos integrantes do Ministério Público e liberados. Na semana passada ela saiu de férias da prefeitura.

Rosely é a única entre os suspeitos denunciada por todos os crimes: formação de quadrilha, fraude licitatória e corrupção passiva. A 6ª Vara Criminal de Campinas vai decidir se aceita a denúncia. Ouvida na semana passada, ela é apontada como o centro de um esquema desmantelado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço da Promotoria do Estado de São Paulo. O foco da investigação é a Sanasa. O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai também foi ouvido. Seu nome aparece nas conversas gravadas com autorização da Justiça. Bumlai é amigo do ex-presidente Lula e tinha livre trânsito no Planalto até a posse da presidente Dilma, que cancelou a regalia.

Propina – Deflagrada em 20 de maio, a operação deteve de início onze suspeitos, entre empresários e ex-integrantes da administração pública. A organização criminosa, segundo o MP, causou prejuízos estimados em 615 milhões de reais aos cofres públicos. A propina mensal, de acordo com os promotores: 300.000 reais.

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Os promotores do Gaeco dizem possuir evidências bem mais consistentes do que apenas escutas telefônicas e a delação premiada de Luiz Augusto Castrillon de Aquino, ex-presidente Sanasa, que em janeiro deste ano revelou detalhes do esquema. O promotor Amauri Silveira Filho declarou nesta sexta-feira que uma nova fase da investigação pode ser deflagrada, assim que novas evidências surgirem.

Rosely não foi presa no início da operação. Ela estava amparada por um habeas corpus concedido pela Justiça ainda em 9 de maio.

O advogado do vice-prefeito, Demétrio Vilagra, Ralf Tórtima Stettinger entrou com habeas corpus na tarde desta sexta-feira pedindo a liberdade de seu cliente. Os representantes da primeira-dama não foram localizados.

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