Delegado é preso suspeito de comandar esquema de corrupção na Delegacia de Meio Ambiente do RJ
Agentes da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) do Rio de Janeiro e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público desencadearam, na manhã desta quarta-feira, a terceira etapa da Operação Fênix, que investiga um esquema de corrupção montado dentro da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil fluminense. Foram expedidos mais três mandados de prisão – dois deles, já cumpridos. Um dos presos, o delegado Fernando Reis, é apontado pelos investigadores como o cabeça do grupo.
As corregedorias Geral e Unificada e da Polícia Civil fazem buscas desde as 6 horas. O perito José Afonso Garcia Alvernaz também foi preso. Já o comissário José Luiz Fernandes Alves, que as investigações apontam como braço-direito do delegado Reis e articulador da quadrilha, não foi encontrado em casa e já é considerado foragido.
A Operação Fênix começou há dois meses com a prisão de outros três agentes da DPMA, acusados por um empresário de tentarem extorqui-lo em 300.000 reais. Há duas semanas, o filho e o irmão de um dos policiais, Conrado Zimmerman, foram presos, juntamente com outro inspetor, Rogério França. Este último ficou apenas cinco dias preso e, de acordo com informações obtidas pelo site de VEJA, não teve a prisão renovada por ter aceito o benefício da delação premiada. Por causa disso, ele responderá ao processo em liberdade.
O escândalo atinge em cheio a Polícia Civil fluminense, já que até o ano passado, o delegado Fernando Reis era o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE) e um dos homens mais fortes da instituição durante a gestão da hoje deputada estadual Martha Rocha. Quando o atual chefe, Fernando Veloso, assumiu, Reis voltou a comandar a DPMA. Mês passado, ele foi afastado do cargo.