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Número de mortos no Lago Paranoá sobe para dois

Corpo foi encontrado na manhã desta segunda. Restam oito desaparecidos

Por Luciana Marques
23 Maio 2011, 11h50

As equipes de resgate que trabalham no Lago Paranoá, em Brasília, onde uma embarcação afundou na noite de domingo encontraram mais um corpo, que seria de uma mulher, na manhã desta segunda-feira. Agora, o número de mortos no acidente passa para dois. Restam ainda outras oito pessoas desaparecidas. Não há maiores informações sobre a identidade da vítima resgatada nesta manhã. Os bombeiros trabalham agora para remover o corpo da água. A outra vítima foi um bebê que tem entre seis e oito meses, cuja mãe figura na lista de desaparecidos. Os bombeiros informaram que 93 pessoas foram resgatadas com vida.

A 10ª Delegacia de Polícia, responsável pelo caso, corrigiu a informação repassada durante a madrugada pelo Corpo de Bombeiros, de que o número de desaparecidos chegaria a sete. “Não dá para determinar quantas pessoas exatamente havia no barco e quantas estão desaparecidas”, disse o delegado Adval Cardoso Matos. A Polícia Civil diz que o cálculo do número de desaparecidos é feito de acordo com informações de parentes e conhecidos de pessoas que estariam no barco e não retornaram para casa.

Segundo o delegado, havia uma lista com 80 pessoas que iriam participar de uma festa de confraternização com os funcionários de uma empresa de buffet. Familiares e amigos da dona do estabelecimento também participavam. Deste total, uma pessoa teria faltado ao evento. A lista, porém, sumiu diante do naufrágio.

As informações são do proprietário do barco, Marlon José de Almeida, e do comandante no momento do acidente, Airton Carvalho da Silva Maciel. Eles prestaram depoimento da delegacia durante esta madrugada. “Eles alegam que neste tipo de festa é comum as pessoas entrarem sorrateiramente na embarcação em uma situação de descuido”, disse o delegado. De acordo com o comandante, um barco com seis pessoas, por exemplo, aproximou-se da embarcação com essa intenção. Os passageiros tentavam entrar na festa, mesmo sem serem convidados e foram impedidos pela tripulação. Com isso, é provável que o barco estivesse navegando acima de sua capacidade.

Causas – As causas do acidente ainda são desconhecidas. A polícia trabalha com a hipótese de uma explosão em um dos flutuantes – que fica na área externa do barco. O comandante da embarcação negou, em depoimento, que tenha ocorrido disparo de arma ou colisão. Ele disse ainda que o barco começou a afundar de repente na parte traseira. Maciel afirmou também que a embarcação passava por constantes vistorias e estava em situação regular.

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Passageiros resgatados, contudo, apontaram para a possibilidade de o acidente ter sido provocado por uma lancha – que passava pela mesma área do lago ou que fazia uma espécie de escolta da embarcação. A Polícia Civil pretende ouvir os sobreviventes do barco na tarde desta segunda-feira.

As buscas das vítimas foram suspensas durante a madrugada e retomadas às 6h da manhã. Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil e Marinha participam das operações. Também trabalham nesta manhã 25 mergulhadores. Eles têm uma visibilidade de apenas um metro dentro do lago. As buscas ocorrem em uma área de 85 metros quadrados.

Pouco após o naufrágio, a informação preliminar era de 104 pessoas a bordo no momento do acidente. A informação, porém, foi corrigida durante a madrugada, quando o Corpo de Bombeiros informou não saber ao certo a quantidade de pessoas na embarcação.

O barco saiu do clube Cota Mil por volta das 19h30. Familiares das pessoas que estavam no barco e os serviços de socorro usaram as instalações da Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade) como base de apoio para trabalhar e coletar informações sobre os parentes.

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