Crise hídrica: Cantareira cai pela quarta vez em maio
Índice negativo de água (abaixo do volume morto) se agrava e chega a - 9,7%
O Sistema Cantareira, manancial que fornece água para cerca de 5,4 milhões de pessoas na Grande São Paulo, teve sua quarta perda de volume no mês de maio neste domingo. O reservatório perdeu 0,1 ponto porcentual e tem agora 19,5% de água armazenada, segundo monitoramento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Esse índice só pode ser atingido porque foram adicionadas no ano passado duas cotas de volume morto que somaram mais 287,5 bilhões de litros de água. Segundo o cálculo que considera o volume negativo da represa, que passou a ser divulgado pela Sabesp em abril após ordem da Justiça, o nível está em -9,7%.
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O Cantareira chegou a ficar 85 dias sem queda, mas registrou a primeira perda de volume no período de estiagem em 28 de abril – o que não acontecia desde fevereiro. Até agora, choveu apenas 8,7% da média para o mês de maio. Foram registrados 6,8 milímetros de pluviometria dos 78,2 milímetros esperados, de acordo com a Sabesp.
Dois outros sistemas de abastecimento, o Alto Cotia e o Rio Claro, tiveram alta do nível de água neste domingo. No primeiro, a alta foi de 65,3% para 65,5%. Já no Rio Claro, o aumento registrado foi de 52,6% para 52,7%. O Sistema Guarapiranga, que se tornou neste ano o manancial mais importante da Grande São Paulo, ficou estável. O mesmo aconteceu com os reservatórios do Alto Tietê e do Rio Grande.
(Com Estadão Conteúdo)