Calor tira ônibus de circulação no Rio

Sensação térmica chegou a 48 graus no Aeroporto Santos Dumont, segundo o Centro de Operações da prefeitura. Ônibus do BRT Transoeste tiveram superaquecimento

Por Da Redação
12 nov 2013, 14h18

Termômetros registram 43º na praia do Leblon: sensação térmica chegou a 48º nesta terça-feira (Paulo Jacob/Agência O Globo/VEJA)

Com obras viárias que dão nó no trânsito, problemas que se repetem nos trens e no metrô, o Rio de Janeiro enfrenta esta semana mais um problema para o transporte público: o calor. Longe de ser surpresa, o clima tórrido depois de uma semana chuvosa e amena se abateu como maldição sobre os ônibus do corredor expresso BRT Transoeste – a primeira obra do projeto da cidade para a Olimpíada de 2016. Tecnicamente, o que se deu foi a combinação de altas temperaturas e o corte do gramado nos canteiros ao longo do BRT. Os restos de grama e mato foram sugados pelos motores dos coletivos e causaram entupimento, excesso de calor e uma redução de cerca de 10% no número de veículos em circulação. O resultado foi a formação de imensas filas, maiores intervalos e passageiros indignados.

Nem o calor nem o gramado surgiram de uma hora para outra, o que leva a crer que houve, no mínimo, alguma falha de planejamento no sistema. De acordo com a assessoria do BRT, os fabricantes dos veículos serão notificados para que busquem uma alternativa para evitar o acúmulo de grama no gradeamento dos motores.

Somada a mais uma manhã de atrasos nos trens e ao já superlotado sistema de metrô da capital, a temperatura de mais de 40º desta terça-feira prenuncia um verão complicado no Rio de Janeiro. O Centro de Operações da prefeitura informou que uma estação meteorológica da Aeronáutica registrou, no Aeroporto Santos Dumont, temperatura de 41º e sensação térmica de 48º – um resultado da temperatura com o acúmulo de umidade e vento quente naquela região.

Para quem pode, o mar está convidativo. As praias da Zona Sul ficaram lotadas como em um fim de semana, e os uniformes oficiais do verão carioca, todos com pouquíssimo tecido, ganharam as ruas. A má notícia é que uma frente fria se aproxima e há risco de pancadas de chuva na capital e na região serrana, onde os riscos de deslizamento de terra sempre preocupam.