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Caixa pede desculpas por informações incorretas sobre o Bolsa Família

Presidente do banco tenta apagar informações contraditórias da semana passada ao assumir erro da instituição; Polícia Federal investiga se telefonema, realmente, disseminou o boato

Por Laryssa Borges e Marcela Mattos, de Brasília
27 Maio 2013, 20h45

Após uma sequência de explicações contraditórias envolvendo o boato da suspensão do Bolsa Família, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, pediu desculpas nesta segunda-feira pela divulgação de informações incorretas sobre o Bolsa Família. “No momento em que estamos vivendo uma crise, o único pensamento que a Caixa tinha era esclarecer as pessoas. Tivemos uma informação equivocada com relação à data que se abriu o sistema e isso gerou uma informação imprecisa da Caixa”, justificou Hereda.

Depois de versões truncadas, a Caixa confirmou que a liberação do saque para os beneficiários do Bolsa Família tinha ocorrido um dia antes do início dos rumores sobre a suspensão do programa.

Em uma nova rodada de esclarecimentos, Hereda negou nesta segunda-feira que a liberação dos recursos tenha contribuído para a disseminação dos boatos. “Não existe a possibilidade de o sistema da Caixa ter provocado uma coisa desse tamanho”, disse. De acordo com o órgão, o volume de saques um dia antes dos boatos foi inferior a o do mês de abril: 649 000 operações em maio contra 852 000 no mês anterior.

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Investigação – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou nesta segunda que a Polícia Federal investiga se um telefonema partindo do Rio de Janeiro foi responsável pela disseminação dos boatos sobre o fim do programa Bolsa Família.

Os policiais trabalham para checar a veracidade do depoimento de uma testemunha que disse ter recebido ligação de uma central de telemarketing com a informação de que o Bolsa Família iria ser extinto pelo governo. Também estão em curso outras linhas de investigação não reveladas pelo governo.

“Se é uma empresa, se não é uma empresa, se é de telemarketing, isso está sendo em investigação”, disse Cardozo.

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Apesar de uma das linhas de investigação da Polícia Federal se concentrar na hipótese de que uma central de telemarketing no Rio foi a responsável pela disseminação dos boatos, Cardozo informou que também pode ter havido uma “ação orquestrada” para minar o programa assistencialista. “Não se afasta a priori a possibilidade de que houve uma ação orquestrada. Não se confirma, nem se afasta [esta possibilidade]”, declarou.

Para o ministro, a hipótese de uma ação premeditada é justificada porque o boato sobre a extinção do Bolsa Família “corre em algumas localidades específicas e com uma velocidade que chama a atenção”.

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