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Para bombeiros, incêndio em favela foi criminoso

Quantidade de labaredas não era normal para uma ocorrência atendida quatro minutos após o chamado, segundo o porta-voz da corporação. "Fomos recebidos a pauladas pedradas e até tiros", disse o bombeiro

Por Da Redação
9 set 2014, 10h01

O Corpo de Bombeiros acredita que o incêndio de grandes proporções que atingiu a favela do Piolho, localizada no Campo Belo, na Zona Sul de São Paulo, tenha sido causado de forma criminosa e proposital. Essa suspeita se deve a indícios como intensidade do fogo, altura das labaredas e a recepção dos moradores aos bombeiros.

O porta-voz da corporação, capitão Marcos Palumbo, disse não ser normal em uma ocorrência atendida tão rapidamente – quatro minutos após o chamado, a primeira viatura chegou ao local – encontrar um incêndio tão forte. “Pode ter acontecido algo criminoso ali. Tem essa grande suspeita porque não é normal ter aquela quantidade de labaredas em uma ocorrência atendida tão prontamente”, disse.

Mesmo com barracos de madeira, o fogo não deveria ter se espalhado tão rapidamente, de acordo com os bombeiros. A suspeita da corporação aumentou após a recepção nada amistosa da comunidade. “Fomos recebidos a pauladas, pedradas e até tiros”, disse Palumbo. O porta-voz reforçou que a perícia técnica na área terá condições de apontar as causas do incêndio e confirmar ou não a sua tese – a causa oficial do incêndio ainda é desconhecida.

O incêndio teve início por volta das 21 horas deste domingo e os moradores relataram que problemas elétricos poderiam ter começado o fogo no local. A ocorrência forçou a saída de cerca de 500 famílias que moravam na favela.

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Ainda durante a madrugada, o fogo foi controlado mas as atividades de rescaldo continuavam. Na manhã desta segunda, algumas das famílias já começavam a retornar para limpar e demarcar novamente os terrenos.

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Água – Durante o combate às chamas, a reportagem do Estado presenciou a tentativa dos bombeiros em acessar um hidrante na Rua Cristóvão Pereira, nas imediações da favela. O equipamento, no entanto, não abria para que se pudesse abastecer as viaturas. Um dos bombeiros relatou que, mesmo se conseguisse abrir o hidrante, não haveria água. A razão para o problema não foi explicada e a população reclamou da demora no combate ao problema.

O governador negou nesta segunda-feira que tenha faltado água à região no momento que o Corpo de Bombeiros combatia o incêndio e afirmou que os problemas dos hidrantes localizados na região são de responsabilidade da Prefeitura. “Não temos falta d’água em São Paulo. Não existe. E nem racionamento”, disse o tucano.

O coronel Sérgio Moretti reforçou que o problema no hidrante não afetou o trabalho das equipes. “Não houve falta d’água. Recorremos a outros hidrantes e também contamos com o auxílio de prédios próximos que nos cederam água”, informou o coronel Moretti.

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(Com Estadão Conteúdo)

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