Autoridades de saúde de Xangai, na China, anunciaram na quinta-feira, 9, o retorno ao confinamento obrigatório em algumas áreas da cidade por causa do reaparecimento de novos casos de Covid-19. A medida ocorre após o alívio das restrições sanitárias na semana passada.
Um comunicado publicado nas redes sociais oficiais do governo de Minhang, distrito do sudoeste do país, informou que a área será fechada na manhã de sábado, 11, para a realização de testes nos 2,7 milhões moradores da região.
“O fechamento será suspenso após a coleta de amostras”, disseram as autoridades, sem dar uma data ou hora específica. O comunicado também não disse quais medidas seriam impostas se algum morador do distrito testar positivo para a doença.
A cidade flexibilizou muitas restrições na semana passada, depois de uma quarentena geral que manteve em casa, desde março, seus 25 milhões de habitantes enquanto a China enfrentava seu pior surto de Covid em dois anos.
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Apesar do afrouxamento das medidas sanitárias na última semana, que permitiu que boa parte da população pudesse transitar livremente pela cidade, a metrópole não se afastou totalmente da política chinesa de “Covid zero” e manteve ainda 650.000 pessoas confinadas em suas casas.
Segundo a estratégia de contenção do vírus na China, todos os casos positivos são isolados e os contatos próximos – geralmente incluindo todo o prédio ou comunidade do infectado – são colocados em quarentena.
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Xangai relatou nove novas infecções locais na quinta-feira – nenhuma em Minhang, distrito alvo da medida de isolamento. O anúncio do fechamento da região provocou temores na população de que o bloqueio possa ser prolongado, se algum caso da doença for encontrado.
Mesmo com um número relativamente baixo de mortes por Covid, a China aplicou lockdowns totais ou parciais em pelo menos 27 cidades do país. As restrições afetaram cerca de 165 milhões de pessoas, com a perda de renda, a dificuldade para encontrar comida, além do desgaste mental com o isolamento prolongado.
O fechamento de Xangai, principal centro econômico da China também causou impactos em cadeias de suprimentos internacionais.
Algumas fabricantes instaladas na cidade, como a Tesla e a Volkswagen, foram particularmente impactados pelo bloqueio, uma vez que seus funcionários estiveram impossibilitados de se dirigir à fábrica.
Ao longo da pandemia, a China manteve uma estratégia de restrições rigorosas, aplicando testes em massa, quarentenas e fechamento de fronteiras para conter o vírus. Mas a chegada da variante Ômicron, altamente infecciosa, fez os casos da doença dispararem em março, fazendo o país mais populoso do mundo retornar à situação de calamidade.
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Mas a cidade voltou lentamente à vida nos últimos dias, as pessoas voltando a trabalhar em seus escritórios e a circular em transportes públicos. Paralelamente, a capital Pequim está fazendo uma transição mais suave para a normalidade depois de fechar restaurantes, academias e estações de metrô no mês passado para conter um surto menor.