Warren dá o tom do 1º debate democrata, mas azarão Castro rouba a cena
Primeiro debate de duas noites com 10 pré-candidatos, cada um, revela limitações do campo democrata. Muitos nomes, pouco tempo para destacarem mensagens
Elizabeth Warren era a única, entre os pré-candidatos, na primeira noite dos debates democratas, com aprovação de dois dígitos Além disso, tem sido conhecida por planos detalhados sobre políticas que vão de alívio para a dívida dos estudantes universitários à quebra de monopólios do Vale do Silício, como Facebook e Google. Mas Warren enfrentou a insurgência de um candidato azarão, Julián Castro, ex-prefeito de San Antonio, noTexas.
Uma curiosidade do primeiro debate democrata da temporada – 10 pré-candidatos na quarta-feira e outros 10 na quinta-feira- foi a indisposição dos adversários de Warren de atacar a senadora de Massachusetts que vem crescendo nas pesquisas.
O nome Donald Trump não figurou com destaque no debate, mas suas políticas, sim. Pesquisas mostram que eleitores democratas não querem saber do presidente e sim de planos legislativos para o seguro saúde, imigração, educação e economia.
O grande dilema dos democratas é escolher o candidato capaz de derrotar Trump, enquanto tentam atrair de volta os 6 milhões de eleitores que votaram em Barack Obama em 2012 e em Trump em 2016.
A pressão da ala progressista do Partido Democrata era evidente. Dois azarões, como o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e o ex-prefeito de San Antonio, Texas, Julián Castro, se destacaram por propostas mais audaciosas em imigração e tiveram reação positiva da plateia em Miami.
O segundo debate com 10 candidatos inclui o favorito nas pesquisas, o ex-vice presidente Joe Biden, o senador Bernie Sanders e a senadora pela Califórnia Kamala Harris.