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Von der Leyen é nomeada para continuar no cargo mais importante da UE

Atual chefe da Comissão Europeia garantiu apoio suficiente entre membros do bloco para obter segundo mandato de cinco anos

Por Da Redação
28 jun 2024, 09h08

Os líderes da União Europeia nomearam a atual chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para um segundo mandato de cinco anos no cargo mais importante do bloco, durante uma cúpula em Bruxelas nesta sexta-feira, 28.

“Gostaria de expressar pura e simplesmente a minha gratidão aos líderes que apoiaram a minha nomeação para o segundo mandato como presidente da Comissão Europeia”, disse von der Leyen.

A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, foi escolhido como o próximo chefe das Relações Exteriores do bloco e o ex-primeiro-ministro português, António Costa, será presidente das cúpulas da União Europeia. Os três são de grupos centristas. Agora, o recém-eleito Parlamento Europeu deverá aprovar as nomeações de von der Leyen e Kallas.

Resistência italiana

As indicações representam um movimento de continuidade para a Europa num momento de incerteza geopolítica. Isso ocorre apesar do aumento no apoio a partidos de extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu, que ocorreram no início deste mês.

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No entanto, essas escolhas enfrentaram resistência por parte da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que tem ligações com o passado neofascista do país. Antes da cúpula, ela disse que os planos ignoravam os sucessos de partidos de extrema direita, como o seu, Irmãos da Itália, na votação para renovar o Parlamento Europeu. Apesar de cultivar uma relação construtiva com o centro, ela absteve-se do voto para indicar a chefe da Comissão Europeia, e votou contra Costa e Kallas.

Meloni, que lidera a coalizão de direita Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) no Parlamento Europeu, não foi incluída nas negociações sobre as nomeações, apesar de o ECR se ter tornado o terceiro maior grupo no parlamento após as eleições no início do mês.

Desafios diante da extrema direita

A aprovação das indicações no Parlamento Europeu poderá ser um desafio mais complicado. Von der Leyen precisa de 361 votos para ter o segundo mandato confirmado. Teoricamente, o apoio do Partido Popular Europeu, de centro-direita, juntamente com os liberais e os social-democratas, pode ser o suficiente. Mas é uma margem apertada.

Para garantir, é possível von der Leyen tente ganhar o apoio de Meloni dando à Itália um cargo poderoso na Comissão.

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Se confirmada no posto, uma das principais tarefas de von der Leyen será dar continuidade ao apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia – algo que pode se complexificar se o ex-presidente americano Donald Trump, contrário à ajuda militar, vencer as eleições nos Estados Unidos, em novembro.

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Kallas é também uma forte apoiadora da Ucrânia e crítica agressiva do Kremlin e do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Moscou a colocou em uma lista de criminosos procurados depois que seu governo removeu do país monumentos de guerra da era soviética. Alguns críticos, inclusive, se preocupam que sua postura intransigente seja um obstáculo no seu novo papel como principal diplomata da UE, substituindo Josep Borrell, da Espanha.

Costa, que renunciou ao cargo de primeiro-ministro no ano passado por um imbróglio de corrupção que envolvia membros do seu governo, por sua vez, substituirá o ex-primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel.

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