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Em clima polarizado, europeus vão às urnas para renovar parlamento da UE

Projeções indicam que votação, que elegerá 720 novos eurodeputados, dará grandes vitórias à extrema direita, mudando a direção política do bloco

Por Da Redação
Atualizado em 6 jun 2024, 09h36 - Publicado em 6 jun 2024, 09h35

A Europa deu a largada nesta quinta-feira, 6, às eleições para o parlamento da União Europeia, única assembleia transnacional do mundo. A votação, que começou com os eleitores holandeses, vai durar quatro dias, envolvendo 27 países. No final do pleito, 720 eurodeputados terão sido escolhidos para compor o próximo Parlamento Europeu. As projeções indicam um “acentuado giro à direita” no órgão.

Os resultados das eleições, que moldarão também a composição da próxima Comissão Europeia (executivo da UE), podem ter um grande impacto na direção política do bloco em áreas sensíveis, incluindo imigração e combate às mudanças climáticas.

Previsões

Espera-se que o Partido Popular Europeu, de centro-direita, continue sendo o maior grupo no parlamento. A legenda é liderada pela atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O segundo maior grupo devem ser os Socialistas e Democratas (S&D), de centro-esquerda, seguidos pelos progressistas do Renew Europe.

No entanto, as pesquisas projetam grandes ganhos para partidos populistas e de extrema direita, o que – embora não seja suficiente para conquistar o poder direto – pode aumentar significativamente a sua influência. Um relatório do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR), divulgado no início do ano, previu que o pleito será marcado por um “giro acentuado à direita”, com o sucesso de partidos “anti-UE” e ultradireitistas em nove Estados-membros.

Acredita-se que a extrema direita conquistará mais de 40 assentos. Esse disparo possibilitará a articulação de uma coalizão da “direita populista” – que incluirá o grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) e o grupo Identidade e Democracia (ID) –, com até 49% dos eurodeputados.

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Na Holanda

Na tarde de quarta-feira, horas antes da abertura das urnas, o incendiário Geert Wilders – cujo anti-islâmico Partido da Liberdade (PVV) chocou a Europa ao terminar em primeiro lugar nas eleições de novembro passado – estava em campanha no mercado de Haia. Ele disse que as eleições eram uma questão de “soberania nacional”, em crítica velada à imigração.

Nas últimas pesquisas para os 31 eurodeputados dos Países Baixos, prevê-se que o PVV passe de um assento para oito, ficando empatado com a aliança Verde-Esquerda-Trabalhista liderada pelo antigo vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.

Wilders apoia a formação de um supergrupo de extrema direita no Parlamento Europeu, uma ideia lançada por Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita francês Reagrupamento Nacional. No entanto, a aliança pode ser difícil de se concretizar, devido a rivalidades entre facções e fortes diferenças políticas.

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