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Viúva de Navalny convoca protesto contra Putin no dia de eleição

Apesar da oposição, a vitória de Putin nas eleições presidenciais do dia 17 de março é praticamente garantida

Por Da Redação
6 mar 2024, 10h56

A viúva de Alexei Navalny, líder da oposição ao Kremlin que morreu na prisão, convocou nesta quarta-feira, 6, um enorme protesto para o dia das eleições contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin

Yulia Navalnaya disse quem, desde a morte do marido em uma colônia penal no Ártico, em 16 de fevereiro, recebeu crescente apoio da comunidade internacional e de russos em exílio, o que seria “prova” de que a causa da oposição continua viva. Segundo ela, a presença de multidões no funeral de Navalny na semana passada a motivou a convocar o ato.

“Agora todos vocês sabem que na verdade somos muitos, todos aqueles que amam e apoiam Alexei, que compartilham suas ideias e, enquanto tivermos uns aos outros, não acabou”, disse ela.

Protesto

As eleições presidenciais, marcadas para o dia 17 de março, são uma formalidade na Rússia, já que devem reeleger Putin para um quinto mandato. No entanto, em uma de suas últimas mensagens públicas, Navalny pediu que a população protestasse contra o atual presidente ao meio-dia (hora local), na data das eleições e usem seu voto para tirá-lo do poder após mais de duas décadas.

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Apesar de estar fora da Rússia, Navalnaya atendeu ao desejo do marido e segue encorajando as pessoas a comparecerem ao ato “Meio-dia Contra Putin”.

“Esta é uma ação muito simples e segura, não pode ser proibida e ajudará milhões de pessoas a ver que há quem pensa como nós, e a perceber que não estamos sozinhos”, disse ela. “Estamos rodeados de pessoas que também são contra a guerra, contra a corrupção e contra a ilegalidade”.

Segundo ela, o objetivo da manifestação é mostrar que a oposição ao Kremlin ainda está viva. A ideia é formar um protesto contínuo nos 11 fusos horários da Rússia, impedindo as autoridades de dispersarem os eleitores por falta de bases legais óbvias.

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Em um discurso anterior, Navalnaya incentivou a oposição a escolher em qualquer candidato, exceto no atual chefe do Kremlin. “Podem votar em qualquer candidato, exceto em Putin. Podem fazer um voto nulo, pode escrever ‘Navalny’ em letras grandes”, sugeriu a viúva.

Eleições russas

A vitória de Putin é praticamente garantida. Dois possíveis candidatos da oposição que se manifestaram contra a guerra na Ucrânia foram desqualificados das eleições por motivos técnicos. Os três candidatos restantes não criticam Putin e as pesquisas de opinião apontam um apoio de cerca de 80% da população ao atual governo.

Os principais opositores do líder russo estão presos, mortos ou fora do país. As eleições foram classificadas por Navalnaya como “uma ficção completa e uma farsa”.

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Navalnaya também acusou Putin de mandar matar seu marido, que tinha 47 anos e cumpria penas conjuntas de mais de 30 anos de reclusão por fraude, extremismo e outras acusações que, segundo ele, foram forjadas para silenciá-lo. O Kremlin negou essas alegações, e reforçou que considera Navalny e seus apoiadores como “infratores da lei” e “ferramentas do Ocidente”, cujo objetivo seria desestabilizar a Rússia.

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