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Violência na Somália impede trabalho da Onu e de ONG’s humanitárias

Por Da Redação
13 jan 2012, 11h28

Genebra, 13 jan (EFE).- A crescente violência na Somália vem atrapalhando o trabalho das agências da Onu e de ONG’s humanitárias, num país onde quatro milhões de habitantes sofrem de algum problema alimentício e 250 mil passam fome.

‘A situação é muito complicada. Desde que o Al Shabab (milícia islamita) nos proibiu de atuar com liberdade, nossas operações estão bloqueadas. Apesar disso, nossas equipes tentam se adaptar e distribuir alimentos’, disse em entrevista coletiva Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação Humanitária (OCHA).

No mês passado, a milícia proibiu as ações das agências das Nações Unidas e de outras cinco ONGs, o que limitou e até interrompeu a entrega de comida.

O chefe adjunto para a África do Leste do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Benjamin Wahren, explicou nesta sexta-feira a decisão de suspender temporariamente a distribuição de alimentos para 1,1 milhão de pessoas e de sementes para 100 mil agricultores em situação de vulnerabilidade anunciada nesta quinta-feira.

‘Há um mês que nossos comboios estão bloqueados pelas milícias, que argumentam que estão fazendo um controle de qualidade. Por isso decidimos interromper os trabalhos, até termos certeza de que não seremos mais impedidos de distribuir alimentos. Não queremos perder mais comida’, afirmou Wahren.

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O bloqueio afetou diretamente 240 mil moradores das regiões de Shabelle Medio e Galgaduu. A suspensão das atividades, no entanto, prejudica um milhão e meio de somalis.

A violência gerada pelo conflito civil na Somália não afeta somente os moradores do país, mas também os refugiados que vivem em assentamentos no Quênia e na Etiópia.

‘Estamos cada vez mais preocupados com a situação de insegurança nos campos que abrigam centenas de milhares de refugiados somalis’, disse o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Andrej Mahecic.

O funcionário lembrou que no final do ano dois líderes que trabalhavam voluntariamente para manter a segurança no campo de Dadaab, no Quênia, considerado o maior do mundo, foram assassinados.

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‘Está claro que há um objetivo. Eu não posso especular, mas está claro que há um alvo e o campo está muito perto da perigosa fronteira’, acrescentou Mahecic.

O porta-voz informou que outros incidentes ocorreram em Dadaab, que abriga 460 mil pessoas, e confirmou que a insegurança está aumentando, embora tenha dito que a situação não está fora de controle.

O porta-voz informou que nesta semana aconteceu uma tentativa de assalto a um veículo de uma ONG nas proximidades do campo de Dollo Ado, na Etiópia, onde residem 140 mil somalis.

Apesar de ninguém ter ficado ferido até o momento, a agências humanitárias estão limitando suas atividades ao mínimo. EFE

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