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Vinte vítimas do massacre são identificadas; um corpo é de brasileiro

Identidades não foram reveladas. Legistas seguem trabalho de necropsia

Por Da Redação
27 ago 2010, 11h50

As autoridades do México identificaram pelo menos 20 dos 74 mortos em um massacre no país. Segundo o subprocurador de Justiça do estado de Tamaulipas, Jesús de la Garza, oito das vítimas identificadas eram de Honduras, quatro de El Salvador, duas da Guatemala e uma do Brasil. A nacionalidade das outras quatro não foi divulgada. O grupo foi aparentemente morto por membros do cartel Los Zetas, enquanto tentava imigrar para os EUA.

Quarenta necropsias já foram realizadas até então. O trabalho de identificação continua, em uma funerária de San Fernando, resguardada por membros da Marinha do México armados com fuzis. No local, estão presentes diplomatas do Brasil, El Salvador, Equador e Honduras, para acompanhar os trabalhos.

Segundo as informações iniciais de autoridades mexicanas, quatro dos 72 mortos encontrados eram brasileiros. Mas, segundo o cônsul brasileiro, Márcio Lage, a identificação e o envio dos corpos ao Brasil ainda pode demorar, no mínimo, duas semanas. Outros dois corpos foram achados nesta sexta-feira. Um deles era de Roberto Javier Suárez Vázquez, agente do Ministério Público, que colaborava nas tarefas de investigação do massacre.

O porta-voz de segurança do governo federal, Alejandro Poiré, disse que aparentemente os imigrantes foram assassinados após se negarem a colaborar com Los Zetas. “O que este episódio revela, com a informação de que dispomos até agora, é uma modalidade de recrutamento forçado”, explicou. “Nem sequer é um sequestro com intenção aparentemente pecuniária, mas sim forçá-los a participar nas estruturas do crime organizado.”

As vítimas foram encontradas na terça-feira, em uma fazenda perto de San Fernando, no estado de Tamaulipas. Apenas uma pessoa sobreviveu ao massacre, um equatoriano de 19 anos identificado como Freddy, pelas autoridades. Em entrevista à rede BBC, os familiares do sobrevivente disseram receber ameaças de morte de traficante. O governo do Equador anunciou que já adotou medidas para protegê-los.

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Chacina – Caso se confirme que Los Zetas foi o grupo responsável pelo crime, este será o episódio mais sangrento desde que o presidente Felipe Calderón lançou uma ofensiva contra o narcotráfico no país, no fim de 2006. Mais de 28.000 pessoas morreram desde então em incidentes relacionados ao tráfico de drogas no México.

Calderón disse que o caso é um novo sinal de que os cartéis estão sendo prejudicados pela ofensiva com milhares de soldados e policiais federais. Assim, buscariam de modo desesperado meios alternativos de conseguir dinheiro. Já ativistas pelos direitos dos imigrantes atribuem a violência à indiferença governamental.

Calcula-se que, a cada ano, quase 300.000 imigrantes ilegais cruzam a fronteira sul do México com a intenção de chegar aos EUA. Muitos deles são vítimas de extorsão, roubo, estupro e sequestro.

(Com agências Estado e France-Presse)

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