O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, disse neste domingo, 30, que pretende criar uma aliança de extrema direita no Parlamento Europeu. O movimento será denominado Patriotas pela Europa e precisará do apoio de ao menos um quarto dos 27 membros da União Europeia para ser considerado um grupo politico oficialmente.
Conhecido pela liderança ultraconservadora a frente do governo húngaro, Orban deve assumir a presidência semestral da União Europeia (UE) na próxima segunda, 1º. Seu objetivo é se unir com o partido austríaco de extrema direita FPÖ e com o movimento do qual faz parte Andrej Babis, ex-chefe de governo tcheco, para estabelecer sua aliança.
Qual o objetivo dessa aliança?
Ao lado dos dois apoiadores, ele fez o anuncio em uma coletiva de imprensa, na qual pediu o apoio de outros partidos. “Começa uma nova era, e o primeiro momento dela, talvez decisivo, é a criação de uma nova facção política que mudará a política europeia”, disse. Junto de Babis e Herbert Kickl, líder do FPÖ, Orban assinou um manifesto patriótico que coloca “paz, segurança e desenvolvimento” como prioridades do movimento, em detrimento de “guerra, migração e estagnação”.
Embora, por enquanto, a aliança seja apenas uma ideia, que ainda necessita do apoio de ao menos quatro outros países, é factível que essa aliança ultraconservadora tome corpo, dada o crescimento de partidos de extrema-direita no Parlamento Europeu. O Fidesz, partido de Orban, está fora de um grande agrupamento político desde que deixou sua aliança com o Partido Popular Europeu (EPP, na sigla original), em 2021.
Ao longo dos próximo semestre a frente da UE, o primeiro-ministro húngaro adotara o lema “Make Europe Great Again” (Faça a Europa Grande Novamente, em tradução direta), emprestado de seu admirador, Donald Trump.