Os primeiros reféns libertados pelo grupo militante palestino Hamas chegaram a Israel nesta sexta-feira, 24, de acordo com as Forças de Defesa de Israel. A libertação acontece como parte do acordo que estabeleceu uma trégua de quatro dias entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que inicialmente levará à liberação de 50 reféns israelenses em troca de 150 prisioneiros palestinos detidos na Cisjordânia ocupada.
Os reféns foram submetidos a uma avaliação médica inicial, de acordo com um comunicado do governo israelense, e depois encaminhados a hospitais.
Em troca, Israel libertou 39 palestinos que estavam presos no país desde antes do início da guerra.
Mais cedo, imagens mostraram o grupo dos 13 israelenses, junto a grupo distinto de 11 reféns tailandeses e um filipino, chegando ao Egito após deixarem a Faixa de Gaza pela passagem de Rafah.
Al Arabiya footage shows the Israeli and Thai hostages being transported by the Red Cross through Egypt's Rafah crossingpic.twitter.com/vz9sISurbj
— Emanuel (Mannie) Fabian (@manniefabian) November 24, 2023
O pacto que levou à pausa nos combates, em vigor desde às 7h do horário local (2h em Brasília) nesta sexta, foi costurado por meio de negociações secretas mediadas pelos Estados Unidos e pelo Catar. Todos os cativos envolvidos nesta operação são civis – crianças, mães e outras mulheres.
As duas partes do conflito afirmaram ainda que o Hamas pode, eventualmente, libertar mais reféns. Tel Aviv concordou em estender o cessar-fogo por 24h, além dos quatro dias já estipulados, a cada cada 10 cativos devolvidos às suas famílias.
Israel, em contrapartida, deverá libertar 150 prisioneiros palestinos no total, detidos por crimes ligados a terrorismo, todos eles mulheres e menores de idade.
No total, as autoridades israelenses estimam que há cerca de 240 pessoas sob a custódia dos terroristas, dentro da Faixa de Gaza, desde 7 de outubro. Nesta data, 3.000 militantes liderados pelo Hamas invadiram cidades do sul de Israel e mataram 1.200 pessoas, inaugurando o presente conflito.
Desde então, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, estima que 13 mil palestinos morreram devido aos ataques aéreos e a incursão terrestre israelense no enclave.