Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Venezuela: Juan Guaidó estaria envolvido em invasão de ‘mercenários’

Plano para capturar, deter e remover Nicolás Maduro estaria comprovado em contrato firmado por Guaidó e uma empresa americana de segurança

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2020, 12h44 - Publicado em 7 Maio 2020, 20h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, e outros líderes da oposição venezuelana teriam planejado desde outubro com uma pequena empresa de segurança americana uma operação de 213 milhões de dólares para invadir o país sul-americano e derrubar o ditador, Nicolás Maduro, segundo documentos publicados pelo Washington Post nesta quinta-feira, 7. Maduro tem alegado desde o início da semana que a Venezuela sofreu uma tentativa de invasão de “mercenários terroristas” no domingo 3.

    O principal documento é um plano de 42 páginas cujo objetivo principal era a realização de “uma operação para capturar/ deter/ remover Nicolás Maduro. . . remover o regime atual e instalar o reconhecido presidente venezuelano, Juan Guaidó”.

    O plano tinha como base um “acordo de serviços gerais de 16 de outubro de 2019 entre a República Bolivariana da Venezuela [sob] Juan Gerardo Guiado (sic), presidente interino, e a Silvercorps, [no estado americano da] Flórida”.

    As assinaturas de Guaidó e de dois de seus aliados, o deputado Sergio Vergara e o consultor político Juan José Rendon, constam no “acordo de serviços gerais”, um contrato de apenas sete páginas.

    Rendon disse à emissora de televisão americana CNN que assinou um “acordo exploratório” com a Silvercorps, mas que nunca foi concluído. Ele disse que a missão “suicida” do domingo foi liderada pela Silvercorp sem o apoio de Guaido. Nem o autoproclamado presidente venezuelano nem Vergara se pronunciaram sobre a reportagem do Post até o momento. A VEJA, Guaidó afirmou não ter envolvimento nessa operação antes de o documento vir à luz. Questionado sobre o contrato, sua assessoria não respondeu.

    Continua após a publicidade

    Os dois principais partidos da oposição venezuelana, Primeira Justiça e Vontade Popular, disseram em um comunicado que “as forças democráticas não promovem ou financiam guerrilheiros, surtos de violência ou grupos paramilitares”, reiterando os apelos por um governo de transição.

    O contrato, segundo o Post, foi fornecido ao jornal pelo diretor-executivo da Silvercorp, Jordan Goudreau, cuja assinatura também consta no documento.

    Goudreau ainda publicara no final de semana um vídeo em suas redes sociais em que assumia ter ajudado a organizar uma tentativa de golpe na Venezuela e lamentou não ter conseguido participar da ação. 

    Continua após a publicidade

    ‘Mercenários terroristas’

    Segundo a versão da ditadura venezuelana, defendida por Maduro desde segunda-feira 4, um grupo de até 55 ‘mercenários terroristas’ tentou invadir a Venezuela no domingo, pilotando lanchas vindas da vizinha Colômbia. Treze pessoas foram detidas, dentre elas estariam dois cidadãos americanos, Luke Denman e Airan Berry.

    O ditador apresentou durante um pronunciamento no Palácio de Miraflores, residência do chefe de Estado, os supostos passaportes de Denman e Berry, dentre outros documentos.

    A televisão estatal da Venezuela exibiu nesta quinta um vídeo em que Berry, capturado, diz que os objetivos da missão eram controlar alvos específicos, como o Serviço de Inteligência Bolivariana (Sebin), e “pegar” o ditador venezuelano.

    Continua após a publicidade

    O ditador também reconheceu publicamente que Goudreau participou do treinamento dos ‘mercenários’. Denman, Berry e Goudreau são ex-militares das Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos.

    O governo dos Estados Unidos ainda não reconhece se realmente há americanos detidos na Venezuela. “Nós vamos começar o processo para, se de fato houver americanos [detidos na Venezuela], descobrir uma maneira de solucionar com a situação”, disse o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, na quarta-feira 6.

    “Queremos trazer todos americanos de volta. Se o regime de Maduro decidir segurá-los, usaremos todas as ferramentas disponíveis para tentar recuperá-los”, acrescentou.

    (Com Reuters e AFP)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.