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Venezuela diz que exercícios militares dos EUA na Guiana são ‘provocação’

Americanos fizeram manobras conjuntas com o exército guianês, em meio a disputa com a Venezuela pelo território de Essequibo

Por Da Redação
7 dez 2023, 17h39

A Venezuela afirmou nesta quinta-feira que os exercícios militares dos Estados Unidos na Guiana eram uma “provocação”. Nesta manhã, o governo americano havia anunciado que faria manobras conjuntas com o Exército guianês pela região de Essequibo, região rica em petróleo que Caracas deseja anexar.

“Esta infeliz provocação dos Estados Unidos em favor da ExxonMobil na Guiana é mais um passo na direção errada. Alertamos que não seremos desviados de nossas ações futuras para a recuperação do Essequibo”, disse Vladimir Padrino López, ministro do Poder Popular para a Defesa.

As manobras, segundo a Embaixada dos Estados Unidos na Guiana, acontecerão em parceria com a Força Aérea guianesa e fazem parte das operações de rotina da parceria, que ambos os países mantêm desde 2022. Washington também estuda a construção de uma base militar em Essequibo.

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Tensões

Este será o primeiro movimento do Exército americano no local desde que Caracas realizou um referendo, no domingo 3, a respeito da anexação de Essequibo, território atualmente controlado pela Guiana, que equivale a dois terços do país, mas que o governo venezuelano reivindica como seu. Logo depois, Nicolás Maduro anunciou um “novo mapa” da sua nação, com a incorporação da região guianesa.

+ Maduro propõe província em área da Guiana e exibe ‘novo mapa’ da Venezuela

O anúncio das manobras conjuntas também acontece um dia depois de um helicóptero do Exército da Guiana com sete pessoas a bordo, incluindo cinco militares de alta patente, desaparecer perto da fronteira com a Venezuela.

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Os militares fariam uma inspeção dos soldados situados na área de fronteira. Na manhã desta quinta, autoridades do país ainda investigavam as causas do desaparecimento, e afirmaram que Washington vai ajudar nas buscas.

Disputa histórica

A posse de Essequibo foi concedida em 1899 à Guiana, à época uma colônia inglesa, por meio de arbitragem feita pelos Estados Unidos. A Venezuela questiona desde então a decisão e, em 1966, chegou a firmar um acordo com a Inglaterra, que reconhecia como nulo o Laudo Arbitral. Naquele mesmo ano, no entanto, a Guiana conquistou a independência, o que na prática manteve o acordo em suspenso até hoje. Desde então, a Venezuela considera o caso em aberto, à espera de uma solução.

+ Guiana diz que vai acionar Conselho de Segurança da ONU sobre Essequibo

A disputa voltou a esquentar em 2015, quando foi descoberto petróleo na região de Essequibo. Estima-se que na Guiana existam reservas de 11 bilhões de barris, sendo que a parte mais significativa é “offshore”, ou seja, no mar. Por causa das reservas fósseis, a Guiana tornou-se o país sul-americano que mais cresce nos últimos anos.

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