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Unicef: Guerra no Iêmen matou ou feriu mais de 11 mil crianças desde 2015

Em oito anos de conflito, mais de 23,4 milhões de pessoas precisaram de ajuda humanitária, um número que representa cerca de 75% da população iemenita

Por Da Redação
12 dez 2022, 20h46

Mais de 11.000 crianças morreram ou ficaram feridas em conflito no Iêmen desde 2015, afirmou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), nesta segunda-feira, 12, uma semana após lançar uma multibilionária campanha global de financiamento. A agência alertou, no entanto, que o número pode ser ainda maior, uma vez que o acesso a certas áreas é difícil.

O país vive um conflito interno desde 2015 entre forças do governo, apoiadas pela Arábia Saudita, e os Houthis, alinhados ao Irã. Apesar de uma trégua acordada entre os dois lados, a situação voltou a se intensificar e o cessar-fogo expirou no início de outubro. Em oito anos de conflito, mais de 23,4 milhões de pessoas precisaram de ajuda humanitária, um número que representa cerca de 75% da população iemenita.

“A renovação urgente da trégua seria um primeiro passo positivo que permitiria o acesso humanitário crítico”, afirmou a diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell.

Mesmo com um acordo, no entanto, a crise humanitária ainda vai continuar a afetar o país. Entre julho e setembro deste ano, período em que o pacto ainda estava vigente, pelo menos 74 crianças, dentre as 164 pessoas mortas ou feridas, foram atingidas por minas terrestres não detonadas. 

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Na semana passada, a diretora-executiva lançou um apelo de US$10,3 bilhões (R$ 54 bilhões) à Ação Humanitária para Crianças (AHC) para 2023, a fim de ajudar crianças afetadas por desastres em todo o mundo. O Fundo também quer arrecadar cerca de US$ 484,5 milhões (R$ 2,5 bilhões) ao longo do ano para destinar exclusivamente ao Iêmen.

Com menos de uma semana depois do lançamento da campanha de financiamento global multibilionária, os dados mostram uma média de quatro crianças mortas por dia no Iêmen. Além disso, mais de 540 mil crianças sofrem desnutrição aguda grave no país. 

Russel aproveitou para relembrar uma visita ao Hospital de Aden, quando encontrou um bebê de 7 meses, chamado Yasin, acompanhado de sua mãe, Saba,

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“Milhares de crianças perderam a vida, centenas de milhares permanecem em risco de morte por doenças evitáveis ​​ou fome. Yasin é apenas uma das muitas crianças gravemente desnutridas no Iêmen. Todos eles precisam de apoio imediato, pois os serviços básicos praticamente entraram em colapso”, disse a diretora. 

Outra grande consequência da guerra é a destruição da infraestrutura. Ao menos 17,8 milhões de pessoas, entre elas 9,2 milhões de crianças, estão sem acesso a saneamento básico e serviços de higiene. O sistema de saúde foi fragilizado e apenas metade das unidades de saúde funciona, o que deixa 22 milhões de pessoas – incluindo 10 milhões de menores – sem acesso a cuidados adequados.

Ao mesmo tempo, o conflito também estagnou a cobertura de imunização, o que deixou cerca de 28% dos menores de 1 ano sem as vacinas de rotina. A situação coloca as crianças em extremo risco em meio ao surto de doenças evitáveis pela vacinação correta.

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O país também enfrenta uma grave crise educacional com mais de dois milhões de crianças fora dos ambientes escolares, um número que pode aumentar para seis milhões, já que um a cada quatro colégios no Iêmen foi destruído. 

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