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União Europeia vota pela proibição da venda de carros a combustão até 2035

Medida foi votada pelo Parlamento Europeu nesta quarta e precisa ser aprovada pelo Conselho do bloco; a UE é o terceiro maior poluidor do mundo

Por Da Redação
8 jun 2022, 15h21

O Parlamento Europeu votou nesta quarta-feira, 8, para proibir a venda de novos carros com motor de combustão até 2035. Caso aprovada pelo Conselho Europeu, a lei será um dos mais fortes avanços do planeta para eliminar os veículos à gasolina.

Embora ainda seja necessário ser debatida pelo conselho e transformada em lei, a aprovação da medida é vista como a etapa mais crucial do processo. Caso seja aprovada, o movimento significará uma queda nas vendas de carros híbridos e uma rápida transição para modelos totalmente elétricos. 

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O apoio à medida ocorre após uma série de rejeições de outras políticas climáticas importantes nesta quarta. A centro-direita europeia havia manifestado oposição à proibição total já em 2035, sugerindo que pelo menos 10% das vendas de carros novos ainda poderia ser de motores de combustão e o parlamento já havia rejeitado três outras propostas importantes, incluindo sua política central para reformar seu mercado de carbono.

“Estou muito aliviado e feliz com o resultado”, disse o holandês Jan Huitema, que liderou a elaboração do projeto. 

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Já o legislador alemão Peter Liese, de centro-direita, disse ser contra a medida uma vez que a tecnologia em torno de combustíveis sintéticos de baixo carbono deve melhorar com o tempo. 

“Não achamos que os políticos devam decidir se os veículos elétricos ou os combustíveis sintéticos são a melhor escolha. Pessoalmente, acredito que a maioria dos consumidores comprará um carro elétrico se dermos a infraestrutura necessária e é isso que precisamos fazer”, disse.

Para ele, é possível que os carros com motor de combustão usando combustíveis sintéticos possam se tornar mais competitivos no futuro do que os veículos elétricos. Além disso, Liese alertou para as nações em desenvolvimento na África e na Ásia que não irão conseguir migrar para economias baseadas em energia renovável nas próximas décadas.

A Comissão Europeia anunciou pela primeira vez um plano para eliminar esse tipo de motor em agosto do ano passado. Para facilitar a mudança, foi exigido que os 27 países-membros da União Europeia expandam sua capacidade de carregamento de veículos. Além disso, pontos de recarga deverão ser instalados a cada 60 quilômetros nas principais rodovias do continente e a alíquota mínima para gasolina e óleo diesel será aumentada. 

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A indústria automobilística tem papel vital no funcionamento da economia europeia, respondendo a cerca de 7% do PIB e apoiando 14,6 milhões de empregos na região. No entanto, o transporte é o único setor em que as emissões de gases de efeito estufa estão aumentando e os veículos rodoviários foram responsáveis por 21% das emissões de carbono em 2017. 

+ Reino Unido pode adiantar proibição a carros a gasolina para 2030

O Reino Unido, que não faz mais parte da União Europeia, já havia anunciado em 2020 que proibiria a venda de novos carros movidos à gasolina e ao diesel a partir de 2030, com modelos híbridos podendo ser comercializados até 2035. 

Estabelecer metas mais ambiciosas para conter as mudanças climáticas, que força alguns dos maiores poluidores a comprar créditos de carbono, foi a peça central da legislação do bloco no chamado Fit for 55, um plano para reduzir as emissões em 55% até 2030 em relação aos níveis de 1990. O objetivo é uma das metas climáticas mais ambiciosas de qualquer grande economia global. 

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