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União Europeia suspende venda de armas para o Egito

Programas e ajuda humanitária serão mantidos, anunciou chefe da diplomacia

Por Da Redação
21 ago 2013, 15h35
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  • A União Europeia decidiu nesta quarta-feira suspender a venda de armas ao governo interino do Egito, em resposta ao massacre que deixou centenas de mortos e milhares de feridos no Cairo, informou a rede britânica BBC. Após uma reunião de emergência em Bruxelas, a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, afirmou que não será enviado ao Egito nenhum tipo de equipamento que possa contribuir para a repressão. Os programas de ajuda humanitária, contudo, serão mantidos.

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    Os países do bloco se comprometerem a “continuar apoiando as pessoas vulneráveis do Egito”. Catherine Ashton pediu para os dois lados abandonarem “a violência e as provocações e iniciarem diálogos de inclusão nacional abertos para todos”. Em julho, ela visitou o Egito e se encontrou com o presidente deposto Mohamed Mursi. Ela afirmou ter interesse de voltar ao país em breve.

    Boa parte das armas enviadas ao Egito a partir da Europa faz parte de acordos específicos com países membros da UE, sendo Alemanha, França e Espanha os principais fornecedores. A Grã-Bretanha já havia suspendido parte do apoio militar após o agravamento da situação no país. O chanceler britânico, William Hague, afirmou que a maioria dos egípcios quer a democracia, e, por isso, os países europeus “não devem fazer nada que os prejudique ou que acabe com a ajuda a eles”.

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    O ministro de Relações Exteriores da Suíça, Carl Bildt, responsabilizou o governo interino pelos confrontos no país e classificou a situação de “onda de repressão e violência sem precedentes”. Ele disse que não pretende cortar o auxílio suíço, mas fez uma ponderação: “Nós não queremos enviar dinheiro do contribuinte a pessoas responsáveis por massacres”.

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    Em novembro do ano passado, um pacote de 5 bilhões de euros (16 bilhões de reais) em auxílio ao governo egípcio foi aprovado – desse total, 1 bilhão era de responsabilidade da da UE, o restante viria de empréstimos do Fundo Monetário Internacional e outras instituições globais. No entanto, a maior parte dos recursos foi congelada devido a preocupações com corrupção no Egito.

    Nos últimos três anos, o bloco enviou cerca de 450 milhões de euros ao Egito, mas não diretamente para o governo e, sim, para projetos sanitários, de abastecimento e transporte. Neste ano, 16 milhões de euros foram enviados ao governo egípcio, enquanto 23 milhões foram repassados a grupos civis. A ajuda militar da UE gira em torno de 140 milhões de euros, enquanto os Estados Unidos destinam 1,3 bilhão de dólares (973 milhões de euros) ao Exército do país.

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    Protestos – Uma Coalizão Nacional de Apoio à Legitimidade convocou novos protestos no Egito para esta sexta-feira. Batizada de “Sexta-feira dos Mártires”, a manifestação conclama os contrários à deposição de Mursi a irem às ruas para defender sua volta ao poder. “Nós vamos resistir até derrotarmos o golpe militar”, afirma a nota divulgada pelo grupo.

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