O Parlamento Europeu decretou nesta quarta-feira, 23, que a Rússia é um “Estado patrocinador do terrorismo” e que os ataques e atrocidades deliberadas cometidos por Moscou na Ucrânia violam os direitos humanos e as leis humanitárias internacionais.
A resolução foi aprovada por 494 votos a favor e 58 contra, além de 44 abstenções. Membros do Parlamento Europeu da Bulgária e da Hungria estavam entre os votos contra.
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“Os ataques deliberados e as atrocidades perpetradas pela Federação Russa contra a população civil da Ucrânia, a destruição de infraestrutura civil e outras graves violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional constituem atos de terror”, diz o documento.
Apesar da aprovação, a medida é vista como amplamente simbólica, uma vez que a União Europeia não tem estrutura legal para apoiá-la.
Após o resultado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou a votação e disse que a “Rússia deve ser isolada e responsabilizada em todos os níveis” e instou os Estados Unidos e outros países a seguir o exemplo europeu.
Desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, a União Europeia, o Reino Unido e os Estados Unidos aplicaram uma série de sanções contra os russos. No entanto, o secretário de Estados americano, Antony Blinken, se recusou a colocar a Rússia em uma lista de “terrorismo”, apesar da pressão do Congresso.
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Atualmente, o Departamento de Estado do país considera Cuba, Coreia do Norte, Irã e Síria como “estados patrocinadores do terrorismo”, o que significa que estão sujeitos a uma proibição de exportação de defesa e restrições financeiras.
Dentro da Europa, apenas quatro nações colocaram a Rússia na mesma lista: Lituânia, Letônia, Estônia e Polônia.