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Unasul decide coordenar luta contra crime na América do Sul

Por Da Redação
3 Maio 2012, 22h16

Cartagena (Colômbia), 3 mai (EFE).- A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) decidiu nesta quinta-feira coordenar a luta contra o crime organizado transnacional e debateu como abordá-la, se a partir uma nova instância ou através de uma entidade já existente.

A secretária-geral da Unasul, María Emma Mejía, disse à Agência Efe na cidade colombiana de Cartagena das Índias, palco da reunião, que a primeira sessão de trabalho do evento foi muito ‘frutífera’ porque teve ‘total consenso’ sobre a urgência de combater o crime organizado na região.

O que centra os debates dos ministros de Justiça, Defesa, Interior, Segurança e Relações Exteriores dos 12 países-membros nesta quinta e sexta-feira é ‘o como’, ressaltou Mejía, pois, segundo ela, as divergências das nações se referem à forma de como combater as atividades criminosas.

‘Temos de ver se esta instância se abriga no atual Conselho de Luta contra as Drogas ou se uma nova instituição será criada’, explicou a secretária do organismo sul-americano.

Em declarações posteriores à imprensa, Mejía afirmou que um eventual novo conselho seria formado por funcionários designados pelos ministérios, e, com o apoio técnico da Secretaria-Geral do organismo, se reuniria duas vezes por ano para elaborar o roteiro e redigir os estatutos dessas estratégias contra o crime.

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A decisão dos ministros neste encontro convocado pela Colômbia passará a um novo filtro na reunião de chanceleres que será realizada em Bogotá no dia 11 de junho, e as conclusões finais serão expostas na cúpula de presidentes, em uma data ainda não concretizada.

Também em Bogotá, Mejía entregará o cargo da Secretaria-Geral da Unasul ao venezuelano Alí Rodríguez. Segundo antecipou à Efe o chanceler do governo de Caracas, Nicolás Maduro, Rodríguez centrará sua gestão em melhorar o uso dos recursos naturais e buscará um maior compromisso dos Estados Unidos e da Europa no controle do consumo de drogas.

As modalidades de crime transnacional que preocupam a Unasul são a produção, tráfico e consumo de drogas, assim como o transporte ilegal de explosivos, armas e pessoas, além da mineração ilegal, lavagem de ativos e corrupção na América do Sul.

Mejía assinalou que cada país ressaltou nas sessões a portas fechadas os frutos das distintas cooperações bilaterais.

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Por exemplo, Maduro ressaltou que 84 criminosos foram capturados desde os respectivos acordos na Venezuela, dos quais 27 foram entregues à Justiça colombiana e outros 20 à americana.

As atividades ilegais na região faturam US$ 2,1 trilhões anuais, o que equivale a 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, e o constitui em uma das 20 principais economias em nível global, o que motivou a convocação desta reunião.

O encontro não só tratou sobre segurança, mas vários ministros apostaram em aumentar as instituições da Unasul também em matéria de direitos humanos, como expuseram Maduro e o ministro de Defesa do Equador, Miguel Carvajal. No entanto, segundo a secretária-geral, não fizeram esta proposta nos debates de ministros, mas à imprensa em pronunciamentos distintos.

‘Irmãos da América Latina e do Caribe: chegou o momento de desmontar essa estrutura decadente da Corte Interamericana (de Direitos Humanos, CorteIDH) e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)’, declarou Maduro, alfinetando assim os organismos vinculados à Organização dos Estados Americanos (OEA).

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Ele sugeriu, em seguida, que a Unasul e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac) construam suas próprias instâncias similares. Se a ideia prosperar, disse Mejía, serão os chanceleres e presidentes dos países-membros os encarregados de decidir se em breve haverá um tribunal e uma comissão sul-americana dos direitos humanos. EFE

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