Ativistas da Ucrânia foram às ruas das duas maiores cidades do país no último domingo (9) em atos de apoio à revolta popular que sacudiu o Cazaquistão na última semana.
Batizada de “Diga não a Putin”, a teve como alvo direto a política de relações internacionais do presidente russo, Vladimir Putin, e reuniu centenas de pessoas na capital ucraniana, Kiev, e em Kharkov, segunda maior cidade do país.
Os ucranianos hastearam dezenas de bandeiras azul-amarela, símbolo nacional do Cazaquistão.
Após uma semana de protestos violentos, que tiveram como estopim o aumento nos preços dos combustíveis e rapidamente se espalharam pelo país, uma aliança militar liderada pela Rússia ocupou as cidades mais atingidas.
Segundo autoridades, as manifestações deixaram 164 mortos, 2.000 feridos e quase 6.000 presos.
Formada por ex-estados da União Soviética, a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO enviou cerca de 2.500 soldados.
O contingente inclui paraquedistas russos, que, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia, estão “patrulhando instalações vitais e infraestrutura social”.
Críticos da ação acusam a Rússia de “ocupação militar.”
Segundo Mukhtar Ablyazov, líder da oposição, o presidente russo Vladimir Putin usará a intervenção como pretexto para instaurar uma estrutura de repressão nos moldes soviéticos.
Nesta segunda-feira (10), diplomatas dos Estados Unidos e da Rússia se reuniram em Genebra, na Suíça, para negociar a situação das tropas russas posicionadas nas proximidades com a fronteira da Ucrânia.
A pressão de Moscou ocorre oito anos após a invasão do exército russo à província ucraniana da Crimeia, deixando um saldo de 13.000 mortos.