O Twitter vai reverter uma política que bane anúncios políticos, informou a chefe de confiança e segurança da empresa, Ella Irwin, à agência de notícias Reuters nesta quarta-feira, 4. Atualmente a empresa, que foi comprada pelo bilionário Elon Musk em outubro, busca aumentar sua receita, já que, segundo ele, a plataforma “está no caminho certo para a falência desde maio”.
Segundo a empresa, a ideia é relaxar a política de publicidade para “anúncios baseados em causas nos EUA”, alinhando os termos de anúncios com moldes da TV e outros veículos de comunicação.
A decisão reverte uma medida tomada pela empresa em 2019 de proibir conteúdos políticos para evitar desinformação e controlar propagandas falsas. A proibição foi feita depois que a empresa e outras plataformas de mídia social começaram a enfrentar críticas por permitir a circulação livre de fake news sobre eleições.
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A mudança aproxima os novos termos com as políticas do Facebook e do Youtube, que permitem esse tipo de publicidade. Entre as grandes plataformas, a única que proíbe anúncios políticos é a chinesa TikTok.
“Acreditamos que a publicidade baseada em causas pode facilitar a conversa pública sobre tópicos importantes”, escreveu o Twitter.
A chefe de confiança e segurança do Twitter afirmou que os anúncios que serão permitidos pela empresa serão aqueles que tenham propósito educativo ou conscientizem as pessoas sobre questões importantes como registro eleitoral, mudança climática e programas governamentais, como o Censo.
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Na época da decisão de proibir os anúncios políticos, Jack Dorsey, então presidente-executivo da plataforma, disse que “o alcance da mensagem política deve ser conquistado, não comprado”.
Desde que Musk assumiu a presidência do Twitter, diversos anunciantes , como Pfizer e General Mills, removeram as publicidades da plataforma. A ação foi em resposta às polêmicas que o CEO se envolveu desde que chegou ao cargo; Musk demitiu milhares de funcionários, reativou a conta do ex-presidente americano Donald Trump e baniu conta de diversos jornalistas.
Em dezembro, Musk defendeu um corte de custos e afirmou que o Twitter enfrenta um “fluxo de caixa negativo” de 3 bilhões de dólares.