A Turquia bombardeou o território da Síria pelo quarto dia seguido neste sábado. O ataque foi uma resposta à queda de um morteiro sírio na província turca de Hatay, localizada na região de fronteira. A tensão entre os dois países cresceu muito depois que um ataque vindo do território sírio matou cinco civis turcos na quarta-feira. O governo da Síria, inicialmente, disse que investigaria a origem do ataque, mas depois admitiu ter sido responsável pelo bombardeio que atingiu o povoado de Akcakale, e pediu desculpas.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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Relação tensa – Na sexta-feira, o premiê turco Recep Tayyip Erdogan advertiu o ditador sírio Bashar Assad que ele estaria cometendo um “erro fatal” se escolhesse a Turquia para brigar. “Não temos absolutamente nenhum interesse em entrar em guerra. Mas também não estamos longe de um conflito. Esta nação presenciou guerras intercontinentais e lutou para chegar onde está hoje”, afirmou Erdogan. Os dois governantes cultivavam boas relações até o início da revolta popular na Síria. Diante da repressão imposta por Assad, o premiê turco acusou o ex-aliado de criar um “estado terrorista”. Erdogan tem permitido que os rebeldes sírios se organizassem na Turquia e pressionou a criação de uma zona de segurança protegida por forças internacionais dentro da Síria.
(Com agência EFE)