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Turquia prende dois supostos espiões ligados à morte de jornalista saudita

Crítico ao príncipe-herdeiro bin Salman, saudita Khashoggi foi assassinado em outubro; polícia investiga se assassinos tiveram apoio

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 30 jul 2020, 19h49 - Publicado em 19 abr 2019, 20h02

As forças de segurança da Turquia prenderam dois supostos espiões dos Emirados Árabes Unidos que estariam ligados ao assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, informou nesta sexta-feira, 19, a agência de notícias turca Anadolu.

O Ministério Público de Istambul ordenou a prisão dos dois suspeitos, que não tiveram a nacionalidade revelada, e investiga agora a possível relação deles com a morte de Khashoggi, assassinado no Consulado da Arábia Saudita em Istambul.

Embora já se saiba que o crime foi cometido por sauditas, ainda há dúvidas sobre se houve um “colaborador local” responsável por ocultar o corpo. De acordo com a rede de televisão pública turca TRT, os dois suspeitos fizeram frequentes viagens à Turquia, embora um deles tenha chegado ao país depois do assassinato de Khashoggi.

A emissora afirma que os dois supostos agentes confessaram durante o interrogatório que foram enviados para coletar informações sobre pessoas de origem árabe residentes na Turquia. Eles foram detidos sob a acusação de “espionagem militar, política e internacional”, e o Ministério Público pede prisão preventiva para ambos.

Os Emirados Árabes são um dos aliados mais próximos da Arábia Saudita e pertencem a um grupo geopolítico oposto ao da Turquia, que na região do Golfo Pérsico apoia o Catar, o que gerou tensões entre Ancara e Riad.

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Khashoggi, um colunista do Washington Post que criticava o príncipe-herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, foi morto no consulado em 2 de outubro por uma equipe de agentes sauditas, provocando um clamor internacional.

A CIA e alguns países ocidentais acreditam que o príncipe herdeiro ordenou o assassinato, o que autoridades sauditas negam. A promotoria da Arábia Saudita indiciou 11 suspeitos não identificados, incluindo 5 que podem enfrentam pena de morte por acusações de ordenar e cometer o crime.(Com agências internacionais)

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