Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Trump se abrigou em bunker na Casa Branca durante protestos em Washington

Atos contra racismo e violência policial seguiram neste domingo em diversas cidades americanas, apesar do toque de recolher instaurado pelo governo

Por Da Redação
Atualizado em 3 jun 2020, 12h28 - Publicado em 1 jun 2020, 09h28
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi levado a um bunker no subsolo da Casa Branca na última sexta-feira 29 durante os confrontos entre manifestantes e policiais do lado de fora de sua residência oficial, de acordo com informações obtidas pela emissora CNN e pelo jornal The New York Times. Milhares de pessoas protestam desde a semana passada em várias cidades do país contra o racismo e a violência policial.

    Os atos seguiram na noite deste domingo 31, em mais uma jornada marcada por distúrbios. Os protestos aconteceram apesar do toque de recolher decretado pelo governo em 25 cidades americanas.

    ASSINE VEJA

    As consequências da imagem manchada do Brasil no exterior
    As consequências da imagem manchada do Brasil no exterior O isolamento do país aos olhos do mundo, o chefe do serviço paralelo de informação de Bolsonaro e mais. Leia nesta edição ()
    Clique e Assine

    Diante da Casa Branca, em Washington, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que desafiaram o toque de recolher imposto na capital. A situação na noite deste domingo se tornou tão violenta quanto a registrada na sexta-feira 29, quando os protestos cercaram a sede do governo americano pela primeira vez.

    Informações obtidas pela imprensa 48 horas após os distúrbios dão conta de que Trump e sua família foram levados ao abrigo no subsolo da sede do governo americano por proteção. Posteriormente, membros da administração reconheceram que o presidente nunca esteve, de fato, em risco.

    As manifestações foram motivadas pela morte na semana passada em Minneapolis de George Floyd, um cidadão negro de 46 anos, por um policial branco. Para evitar novos distúrbios, milhares de soldados da Guarda Nacional foram mobilizados em 15 estados e em Washington. O toque de recolher foi decretado em outras cidades, incluindo Houston e Los Angeles.

    Continua após a publicidade

    Em Saint Paul, cidade próxima a Minneapolis, epicentro do movimento, milhares de pessoas protestaram contra o racismo na tarde de domingo e exigiram que todos os policiais envolvidos na morte de Floyd sejam responsabilizados. No momento, apenas um deles, Derek Chauvin, foi preso e acusado de homicídio não intencional.

    Chauvin é o agente que aparece no vídeo da prisão de Floyd. A gravação mostra como ele coloca o joelho no pescoço de Floyd por vários minutos, enquanto a vítima, imobilizada de cabeça para baixo, reclama de não conseguir respirar. O policial comparecerá nesta segunda-feira, 1, pela primeira vez a um tribunal por este caso.

    Saques

    Outros protestos aconteceram em Washington, Miami e Nova York. “Vidas negras importam” e “Não consigo respirar” (as últimas palavras ditas por George Floyd) são as frases mais gritadas nas manifestações. Autoridades locais afirmam que entendem os motivos da revolta popular, mas pediram aos manifestantes que tentem manter a calma,

    “Temos filhos negros, irmãos negros, amigos negros, não queremos que eles morram. Estamos cansados disso, esta geração não será devastada. Estamos fartos da opressão”, disse Muna Abdi, uma mulher negra de 31 anos, em Saint-Paul.

    Continua após a publicidade
    Protesters rally against the death in Minneapolis police custody of Floyd, in New York City
    Manifestantes ateiam fogo em sacos de lixo em protesto contra a morte de George Floyd em Nova York, EUA – 31/05/2020 (Eduardo Munoz/Reuters)

    O ex-vice-presidente e candidato presidencial democrata para as eleições de novembro, Joe Biden, anunciou que esteve presente no sábado em uma manifestação contra o racismo que ocorreu em seu estado, Delaware.

    Em Los Angeles, membros da Guarda Nacional começaram a patrulhar as ruas, mas isto não impediu que saques em várias lojas em um shopping center de luxo em Santa Monica. “Por favor, voltem para casa cedo, fiquem em casa (…) Devemos voltar ao urgente, que é construção da justiça, não queimar a cidade”, afirmou o prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, ao canal CNN.

    Na Filadélfia, na costa leste, mais de 50 pessoas foram presas desde sábado, acusadas de saques, informou a polícia.

    Continua após a publicidade

    Apesar da presença da polícia, a violência ocorreu no sábado à noite em cidades como Nova York, Filadélfia, Dallas, Las Vegas, Seattle, Des Moines, Memphis, Los Angeles, Atlanta, Miami, Portland, Chicago, Chicago e na capital.

    Houve bloqueio de estradas e incêndios em veículos e estabelecimentos comerciais, enquanto os policiais, mobilizados em grande número, responderam com gás lacrimogêneo e, em alguns casos, com balas de borracha.

    “Extremistas radicais”

    O presidente Donald Trump, que deve enfrentar a agitação civil mais significativa em seu mandato, enquanto o país é atingido pela pandemia de Covid-19, prometeu “conter a violência coletiva” e denunciou “extremistas radicais de esquerda”, em particular o movimento “Antifa” (antifascista), que ele pretende incluir na lista de organizações terroristas.

    No domingo, o presidente retuitou a mensagem de um radialista conservador que afirmava: “Isso não vai parar até que as pessoas boas estejam dispostas a usar força esmagadora contra os bandidos”.

    Continua após a publicidade

    A prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, comparou a situação atual com os conflitos de Charlottesville, em que confrontos entre supremacistas brancos e antifascistas causaram uma morte e dezenas de feridos em agosto de 2017. Trump então comentou que havia “pessoas boas” dos dois lados.

    “O presidente piora as coisas”, disse a prefeita à CBS. Trump “deve unir nosso país, não atear fogo”, disse à ABC Nancy Pelosi, a presidente democrata da Câmara dos Representantes

    O ídolo do basquete Michael Jordan expressou apoio aos manifestantes. “Estou ao lado dos que estão denunciando o racismo e a violência arraigados contra as pessoas de cor em nosso país. Já tivemos o suficiente”.

    (Com AFP)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.