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Trump ironiza mulher que denunciou seu candidato à Suprema Corte

Presidente debochou de depoimento da professora universitária Christine Ford sobre abuso sexual ao Senado dos EUA

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h08 - Publicado em 3 out 2018, 09h39

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ironizou abertamente na noite desta terça-feira (3) Christine Blasey Ford, que acusa o indicado à Suprema Corte, Brett Kavanaugh, de tê-la agredido sexualmente quando os dois eram adolescentes.

“Como ela chegou em casa? Não lembra! Como chegou lá? Não lembra! Onde era o local? Não lembra! Há quantos anos isto aconteceu? Não sabe! Não sabe e Não sabe!”  disse Trump sobre o depoimento da professora a um comitê do Senado.

“Mas tomei uma cerveja. Só me lembro disto. E a vida de um homem está despedaçada. A vida de um homem é destruída”, denunciou Trump durante um comício no Mississippi.

Michael Bromwich, advogado de Blasey Ford, reagiu à declaração de Trump qualificando o ataque de “vil e desalmado”.

Blasey Ford e outras duas mulheres acusam Kavanaugh de tê-las agredido ou assediado sexualmente quando estava bêbado, na década de 80. Em depoimento no Senado, o juiz negou com veemência as denúncias e rejeitou que tivesse um problema com álcool na época.

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O FBI abriu uma investigação, mas segundo os advogados de Blasey Ford, a polícia federal não está interrogando as testemunhas e seguindo as pistas que poderiam respaldar suas acusações de abuso sexual.

Os advogados Michael Bromwich e Debra Katz também questionaram uma aparente decisão do FBI de não interrogar Kavanaugh.

‘Momento assustador’

Pouco antes do comício no Mississippi, Trump afirmou a repórteres na Casa Branca que as acusações de abuso sexual contra Kavanaugh mostram que “este é um momento muito assustador para homens jovens na América” que agora podem ser considerados culpados mesmo quando inocentes.

“Em minha vida toda, ouvi que você é inocente até que se prove o contrário. Mas agora, você é culpado até que se prove inocente. Este é um padrão muito, muito difícil”, disse antes de partir para a Filadélfia.

“Bem, digo que este é um momento muito assustador para homens jovens na América, quando você pode ser culpado de algo que você pode ser inocente”, acrescentou.

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Após o escândalo, Kavanaugh decidiu que não continuará a lecionar na Faculdade de Direito de Harvard, onde é professor desde 2008.

Ao menos 860 graduados de Harvard firmaram uma carta pedindo que o juiz fosse excluído de seu posto na faculdade, onde anualmente ministrava um curso de três semanas: “A Suprema Corte desde 2005”.

“Acreditamos que a designação do juiz Kavanaugh como conferencista da HLS (Harvard Law School) envia uma mensagem aos estudantes de direito, em particular às estudantes, de que os homens poderosos estão acima da lei”, diz a carta.

(Com AFP e Reuters)

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