Debate entre Trump e Hillary começa morno e sem aperto de mão
Na primeira parte do embate, realizado em Las Vegas na noite desta quarta-feira, os candidatos não entraram em temas espinhosos de escândalos
Os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton e Donald Trump começaram o terceiro e final debate presidencial sem o tradicional aperto de mão no início do encontro. Na primeira parte do embate, realizado em Las Vegas na noite desta quarta-feira, os candidatos evitaram o confronto direto relacionado aos escândalos recentes de acusação de assédio sexual e uso de e-mail pessoal para assuntos governamentais.
A primeira questão foi sobre o papel da Suprema Corte no país. Hillary começou dizendo que a Suprema Corte deve ser para o povo, não para os poderosos e as grandes corporações. Ela também argumentou que a Corte precisa ficar do lado das regras que defendem o direito das mulheres e das minorias, citando o grupo LGBT.
Trump afirmou que apoia juízes que veem a Constituição “do jeito que ela deve ser” e será este tipo de magistrado que ele vai nomear. Ele afirmou que a Suprema Corte deve defender a Segunda Emenda, que garante posse de arma aos americanos, e disse que a decisão a respeito da proibição ou liberação do aborto deve ser devolvida aos estados. Sua rival rebateu que não é papel do governo interferir na decisão da mulher nessa questão.
Marionete de Putin
A temperatura do debate subiu um pouco quando o assunto a candidata democrata afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, quer “uma marionete” como seu rival republicano, Donald Trump, na Casa Branca, e por isso está tentando “interferir” nas eleições do país.
“Putin preferiria ter uma marionete como presidente”, disse Hillary ao se referir ao recente relatório das agências de inteligência americanas que apontam a Rússia como responsável pelas tentativas de interferir nas eleições dos EUA.
Trump, que disse respeitar a “firmeza” do presidente russo, respondeu que é Hillary “a marionete”, já que Putin foi “mais inteligente” na Síria e na Ucrânia do que o governo do presidente Barack Obama, da qual a atual candidata democrata foi secretária de Estado.
(Com Estadão Conteúdo e agência EFE)