A equipe da campanha de reeleição do presidente americano Donald Trump informou que lançará um anúncio eleitoral de 60 segundos durante o Super Bowl, a final do campeonato profissional de futebol americano, que será realizada no dia 2 de fevereiro em Miami, na Flórida. A medida, que deve custar ao republicano pelo menos 10 milhões de dólares, foi uma resposta ao bilionário Michael Bloomberg que também anunciará sua campanha à Presidência durante o evento esportivo.
O jornal americano The New York Times tinha anunciado na terça-feira 7 que Bloomberg, pré-candidato do Partido Democrata, havia comprado um espaço de 60 segundos para seu comercial durante o Super Bowl. A campanha de Bloomberg não revelou o quanto investiu na propaganda, mas estima-se que tenham sido cerca de 10 milhões de dólares também, com base em cálculos feitos pela Fox, emissora que tem os direitos de transmissão do jogo este ano.
Embora o Super Bowl de 2018 tenha tido a pior audiência dos 11 anos anteriores, mais de 95 milhões de pessoas assistiram ao jogo. Alguns dos comerciais são rememorados mesmo décadas depois, como uma peça da Coca Cola transmitida no Super Bowl de 1979.
“O principal objetivo [com o anúncio] é irritar Trump”, disse Michael Frazier, porta-voz da campanha do democrata. Dias antes de entrar na corrida eleitoral, no final de novembro, Bloomberg havia prometido gastar 100 milhões de dólares em comerciais com críticas ao presidente, como reportou o Times.
Horas depois, o portal de notícias americano Politico revelou que a campanha de Trump também teria comprado 60 segundos de comercial durante o Super Bowl. “O anúncio ou anúncios — não se sabe se será um vídeo de 60 segundos ou dois de 30 — deve entrar no ar durante o início do jogo”, afirmou Politico. A campanha de Trump conta com pelo menos 100 milhões de dólares.
Como um empresário bilionário, Bloomberg já gastou em cerca de dois meses de campanha quase 170 milhões de dólares em anúncios para televisão e internet, de acordo com a consultoria de análise estatística Advertising Analytics — um recorde, segundo o Times. O democrata está financiando sua campanha sem ajuda de doações, assim como Trump fez nas eleições de 2016.
Ele disputa a candidatura do Partido Democrata com mais de outros dez candidatos. Segundo o site de pesquisa eleitoral RealClearPolitics, Bloomberg está em quinto na corrida, com 5,8% das intenções de votos democratas, cerca de 15 pontos percentuais atrás do líder, o ex-vice-presidente Joe Biden.