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Trump contradiz o vice-presidente Pence sobre a demissão de Comey

"O que realmente importa não é se Comey mereceu ser demitido, mas quem Trump colocará no lugar dele", diz especialista

Por Beatriz Magalhães Atualizado em 12 Maio 2017, 13h13 - Publicado em 11 Maio 2017, 17h05
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  • O presidente americano Donald Trump cumprimenta o chefe do FBI James Comey logo após tomar posse, em janeiro de 2017
    O presidente americano Donald Trump cumprimenta o chefe do FBI James Comey logo após tomar posse, em janeiro de 2017 (Andrew Harrer-Pool/Getty Images)

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump afirmou que estava decidido a demitir o diretor do FBI, James Comey, antes mesmo ouvir a opinião do Departamento de Justiça.

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    A afirmação, feita em entrevista para a rede de televisão NBC News nesta quinta-feira, o contradiz um comentário da Casa Branca emitido na quarta-feira, quando foi oficializada a saída de Comey. Na ocasião, a vice-porta-voz Sarah Huckabee Sanders afirmou que a decisão foi tomada após o secretário de Justiça, Jeff Sessions, e seu vice admitirem a Trump preocupações sobre o então diretor do FBI. A versão foi repetida também pelo vice-presidente, Mike Pence.

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    Trump disse ainda que a demissão de Comey não foi uma forma de pressão para acabar com as investigações do FBI sobre a relação dos membros de sua campanha com os russos. “Quero descobrir se houve um problema nas eleições com a Rússia”, disse o presidente.

    Em entrevista a VEJA,  Ilya Somin, professor de Direito na Universidade George Mason e autor do livro  “Democracia e Ignorância Política: Por que um Governo Menor é Mais Inteligente”, diz que apenas a nomeação do substituto de Comey poderá esclarecer as reais motivações do presidente.

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    Confira trechos da entrevista:

    O que fez Donald Trump demitir James Comey?

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    Ainda não é possível ter certezas, mas a justificativa oficial é difícil de acreditar. Ela diz que Trump não estava feliz com a maneira como Comey conduziu as investigações sobre os servidores de e-mails de Hillary Clinton. Mas vale lembrar que, há pouco tempo, Trump elogiou o ex-diretor do FBI e disse que ele fazia um bom trabalho. Dessa forma, é muito difícil detectar o motivo real da saída do ex-diretor.

    O senhor acredita que James Comey cometeu grandes erros? 

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    Há bons argumentos de ambas as partes sobre a maneira como ele conduzia as investigações de Hillary Clinton. O que realmente importa agora não é se Comey mereceu ser demitido, mas quem Trump colocará no lugar dele. Mesmo que o ex-diretor da polícia federal americana tenha dado motivos suficientes para ser dispensado, o presidente americano pode colocar uma pessoa pior no poder, essa é a real preocupação.

    A demissão foi repentina. O senhor acredita que há alguma razão para Trump fazer isso neste momento? 

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    Uma possibilidade é que o republicano quis enfraquecer as investigações sobre a relação dos membros de sua campanha com os russos. Nós saberemos mais quando nós descobrirmos quem Trump colocará no lugar, antes disso é muito difícil ter certeza.

    A decisão aproxima a administração do republicano de um regime autocrático? 

    Demitir o diretor do FBI não foi uma atitude autoritária de Trump, pois o presidente possui autoridade para tal. O problema está no momento em que o presidente demitiu Comey, já que o diretor investigava seus companheiros de campanha sobre possíveis relações com a Rússia. A situação ainda pode piorar se Trump colocar no lugar alguém que não seja independente. Dessa forma, acredito que demitir o diretor do FBI não foi uma atitude autoritária, porém, poderá ser problemático e perigoso.

    Poderíamos considerar essa decisão como uma vitória para Trump? 

    A demissão não resultou em uma reação positiva, pelo contrário. A reação foi muito negativa e irá estimular a opinião pública a falar de novo sobre a questão da Rússia. A curto prazo, a iniciativa não foi boa para Trump. 

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