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Tropas sírias recuperam terreno em combates perto de Damasco

Por Joseph Eid
30 jan 2012, 13h22

As tropas governamentais sírias recuperaram terreno após violentos combates perto de Damasco, enquanto árabes e europeus se preparavam para defender na terça-feira no Conselho de Segurança da ONU uma resolução contra o questionado regime de Bashar al-Assad.

Segundo os militantes opositores, a violência alcançou no fim de semana sua maior intensidade desde o início da mobilização contra Assad, em março.

Após os 80 mortos registrados no domingo, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha, assegura que os combates e as operações das forças de segurança foram retomadas nesta segunda-feira, deixando ao menos 27 mortos, 21 deles civis.

Em Homs (centro), as forças de segurança mataram 17 civis e outros quatro morreram em confrontos na província de Deraa (sul), dois bastiões da mobilização contra o regime. Além disso, seis agentes de segurança e quatro civis morreram em Hirak, uma localidade da província de Deraa, informou o OSDH.

A organização opositora afirma que as tropas governamentais entraram nesta segunda-feira na cidade de Rankous, 40 km ao norte de Damasco, para retomar o controle de uma zona que mantiveram cercada por seis dias.

Militantes opositores denunciam que franco-atiradores “disparavam contra qualquer coisa que se movesse” nos subúrbios no leste da capital.

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Já a agência oficial Sana afirmou que um gasoduto foi sabotado nesta segunda-feira por um “grupo terrorista armado” na província de Homs, perto da fronteira com o Líbano.

A Liga Síria de Direitos Humanos (LSDH) anunciou nesta segunda-feira a execução pelas forças de segurança do fundador da primeira unidade de militares dissidentes do Exército sírio, o coronel Hussein Harmoush.

“Após um julgamento, uma brigada dos serviços secretos executou na semana passada o oficial Hussein Harmoush (…) Foi morto a tiros”, indicou a LSDH em um comunicado.

A “Brigada dos Oficiais Livres”, formada por Harmoush, não confirmou a informação.

Em junho do ano passado, em declarações à AFP no povoado turco de Guvecci, Harmoush foi o primeiro oficial sírio a declarar publicamente sua oposição ao regime de Assad.

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Meses mais tarde, a televisão síria divulgou “confissões” de Harmoush. Ao que parece, o oficial dissidente havia voltado para casa em circunstâncias pouco claras. Muitos refugiados estão convencidos de que foi sequestrado por agentes sírios em um campo de refugiados.

No plano diplomático, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el-arabi, e o chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS), órgão que reúne grande parte da oposição deste país, Burhan Ghaliun, devem viajar a Nova York com a esperança de influenciar na terça-feira o Conselho de Segurança.

Arabi, que apresentará o plano da Liga na terça-feira, disse esperar “uma mudança de posição” da China e da Rússia em “relação ao projeto de resolução do Conselho de Segurança, que deveria adotar o plano” da organização que ele dirige.

Os países europeus e árabes trabalham juntos para elaborar um texto que pede apoio internacional ao plano defendido pela Liga Árabe e prevê o fim da violência e a transferência dos poderes do presidente Assad ao seu vice-presidente antes do início das negociações com a oposição.

Também no plano diplomático, a Rússia indicou nesta segunda-feira que o governo da Síria está disposto a iniciar em Moscou um diálogo informal com a oposição, mas, pouco depois, Ghaliun descartou negociar enquanto Assad permanecer no cargo de presidente.

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Aliada tradicional da Síria, a Rússia, que tem a possibilidade de vetar um projeto aprovado por outros membros do Conselho de Segurança, negou-se até o momento a apoiar o projeto de resolução de europeus e árabes.

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