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Tribunal da Venezuela condena 17 pessoas por ataque contra Maduro em 2018

Entre os condenados está o ex-deputado e líder da oposição, Juan Requesens, que recebeu pena de oito anos de prisão

Por Matheus Deccache
Atualizado em 4 jun 2024, 12h37 - Publicado em 4 ago 2022, 17h21

Um tribunal da Venezuela condenou nesta quinta-feira, 4, o ex-deputado da oposição, Juan Requesens, e outras 16 pessoas a penas que vão de cinco a 30 anos de prisão pela participação em um suposto envolvimento na explosão de dois drones em um evento que contava com a presença do presidente venezuelano, Nicolás Maduro

Requesens, que ficou detido por cerca de dois anos entre 2018 e 2020, foi condenado a oito anos de prisão “pelo crime de conspiração”, de acordo com publicação de seu advogado no Twitter. A família do ex-deputado e o líder da oposição, Juan Guaidó, o consideram um preso político. 

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De acordo com o governo, o incidente foi uma tentativa fracassada de assassinato planejada pela Colômbia, Estados Unidos e a oposição venezuelana envolvendo drones com carregamentos explosivos. Os três acusados negam qualquer envolvimento neste e em qualquer outro complô. 

Além de Requesens, outras 16 pessoas foram acusadas e 12 receberam a pena máxima de 30 anos por crimes como assassinato e traição. Os outros cincos foram condenados a 24, 20, 16, oito e cinco anos sob acusação de terrorismo e conspiração. 

“A ditadura o sequestrou e o mantém privado de sua liberdade como mecanismo de perseguição contra toda uma sociedade”, disse Guaidó por meio do Twitter. 

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A sentença ocorre exatamente quatro anos após a explosão de dois drones nas proximidades do palco onde discursava o presidente, Nicolás Maduro, durante um ato militar em 2018. 

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Requesens foi preso três dias após o incidente e, pouco tempo depois, o governo mostrou um vídeo no qual ele confessava ter tido contato com um dos supostos envolvidos. No entanto, seu partido denunciou que o legislador foi drogado e forçado a se declarar culpado. 

“O Ministério Público não conseguiu provar sua responsabilidade em nenhum dos sete crimes pelos quais foi acusado. A juíza não tem como condená-lo e deve ser absolvido, mas nossa justiça está sequestrada”, escreveu o advogado do ex-deputado antes da sentença. 

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